Adolescente
Os efeitos a longo prazo de uma gravidez na adolescência são o tema do primeiro realizado nos Estados Unidos que traça a relação entre a maternidade na adolescência e a obesidade, publicado esta semana na revista especializada "American Journal of Obstetrics & Gynecology". A base foi uma pesquisa nacional realizada pelo The National Health and Nutrition Examination Survey, órgão que acompanha a relação entre a saúde e nutrição dos americanos.
"Cuidado com a criança, moradia, escola, apoio social e financeiro são preocupações imediatas e não pensamos nos efeitos de longo prazo que uma gravidez na adolescência traz", afirma a autora do estudo Tammy Chang. "Pela primeira vez, identificamos as grávidas mais jovens como um grupo de risco para a obesidade, que sabemos ser um dos mais debilitantes problemas de saúde a longo prazo", reforça a médica.
Mais políticas públicas no cuidado da grávida adolescente
Entre os objetivos do estudo, a médica explica que quer dar mais visibilidade ao problema para que os governos pensem em novas políticas públicas de assistência às adolescentes grávidas. "Sabemos que a gestação na adolescência traz riscos imediatos como bebês de baixo peso e mães que lutam para concluir o ensino médio. Agora, sabemos que também está associada à saúde ruim a longo prazo", pontua Chang.
Apesar da queda nas duas últimas décadas, as taxas de gravidez entre adolescentes nos Estados Unidos continuam a ser uma das mais altas do mundo. Entre as mulheres em idade reprodutiva, cerca de um terço a um quarto com idade entre 20 e 44 são classificadas como