Administração e marketing
Steve Jobs no lançamento do Macbook Air: a Apple mudou os consumos de música, telefonia, informação e lazer digitais
O que Bill Gates não percebeu é que Steve Jobs estava, na realidade, 20 anos à frente daquele futuro. No lugar de desenvolver empresas, ele queria facilitar a vida das pessoas. O Macintosh (era assim, por extenso, que se escrevia o nome do principal produto da Apple), portanto, foi moldado para conquistar mentes e corações dos que precisavam criar: arquitetos, designers, publicitários, cineastas, músicos – era esse o primeiro e fiel público da Apple. O Mac era um equipamento muito mais caro que seu concorrente. Mas para os artistas da criação, o PC com seu Windows eram quadrados demais para fazer frente em funcionalidade, liberdade ou beleza. Envenenados pela mordida na maçã, essa tribo de inovadores fez da Apple uma empresa “cool”, dona de produtos de vanguarda, visualmente atraentes.
Em 1993, quando uma incipiente internet ameaçava reinventar o futuro dos computadores, Bill Gates ficou preso às redes corporativas. “A internet?”, disse ele numa entrevista. “Nós não estamos interessados nela.” Cinco anos se passaram, e ele reconheceu que o futuro havia mudado sem sua participação. “As vezes somos pegos de surpresa”, disse em julho de 1998. “Por exemplo, quando a internet veio, a gente a tinha como quinta ou sexta prioridade.” A primeira vitória de Bill Gates se