Administração pública
“A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado....Com o surgimento do capitalismo e da democracia, estabeleceu-se uma distinção clara entre res pública e bens privados.”
Este panorama só começa a se alterar na metade do Século XIX com o surgimento do modelo burocrático de gestão. Baseado nos estudos de Weber, a gestão burocrática é usada para combater o nepotismo e a corrupção, práticas usuais do patrimonialismo, e que prejudicavam o desenvolvimento da profissionalização da Administração Pública e não atendia a sua função essencial de servir aos interesses coletivos.
No Brasil, o quadro apresentado era o mesmo das outras nações de democracia não consolidada. Com uma gestão voltada para interesses pessoais de grupos dominantes, a corrupção era prática comum.
Na década de 30, no governo Vargas, há a mutação na forma de gerir o bem público. A burocracia é implantada para efetivar o controle administrativo através da ideia de carreira, impessoalidade, hierarquia funcional, concurso para cessar o nepotismo e da licitação. Este modelo se apresenta eficaz enquanto o Estado é encarregado de oferecer uma pequena gama de serviços sociais e econômicos.
Com a preocupação maior no controle de seus processos internos, na fiscalização de suas atividades meio, a burocracia apresenta deficiências em sua função precípua de servir à sociedade , não oferecendo serviços de qualidade. Estas características geram incapacidade na prestação das suas funções e o cidadão, razão de ser da gestão pública, não é tratado como o cliente.
Na segunda metade do