Administração Pública brasileira
O artigo propõe-se a comparar e apontar os principais elementos dos modelos gerencial e societal, fazendo um paralelo entre eles. Na primeira parte do artigo é enfatizado os moldes em que a administração pública gerencial e a administração pública societal são compostos. O gerencialismo teve sua base nas ideias do governo inglês, com Margareth Thatcher, e com o governo estadunidente. Segundo Paes de
Paula (2005) apud Harvey (1992) “em ambos os países, o movimento gerencialista no setor público é baseado do empreendedorismo, que é um reflexo do capitalismo flexível”. Já no Brasil, o modelo gerencialista surgiu no governo de Fernando Henrique
Cardoso, a partir de 1995, com a tentativa de flexibilizar o modelo burocrático já instaurado no país.
Com a nova administração pública, o Estado passou a ser dividido em atividades exclusivas do Estado, que pertencem ao núcleo estratégico, e, atividades não exclusivas do Estado, que seria serviços prestados pelas inciativas privadas ou organizações pertencentes ao público não estatal, incluindo licitações e terceirizações. Ou seja, o modelo gerencial tenta aplicar as práticas do setor privado.
A administração pública societal está baseada nas mobilizações que ocorreram a partir da década de 1960, onde o debate e a participação social se tornaram essenciais para a melhoria de vida das pessoas. O questionamento do papel centralizador do Estado estava em cheque com as questões da sociedade civil, pois apesar do modelo gerencial, em seu discurso, promover a participação social, essa realidade está longe de se tornar completa e plena. O que o modelo societal propõe é uma participação mais efetiva e presente da sociedade, através de conselhos gestores, orçamento participativo e das próprias políticas públicas.
O partido dos trabalhadores (PT) foi um grande incentivador da gestão social no governo brasileiro. No entanto, como observa Paes