Administrando conflitos
Conflitos são inerentes à vida em grupo. Como grupos fazem parte da vida de qualquer ser humano uma vez que pertencemos a uma família, a uma comunidade, a uma empresa, a uma nação, entre outros, é comum nos defrontar com situações de conflito. Em nossa cultura há uma tendência de atribuir conotação negativa ao conflito, relacionando-o a combate, briga, violência, guerra, destruição. No entanto, o conflito em si, não é danoso nem patológico. Suas conseqüências dependem do modo como ele é enfrentado e administrado. Trazendo para a ótica dos grupos nas empresas, uma das causas da origem de conflitos e a escassez de recursos para satisfazer todas as necessidades e desejos individuais, principalmente de poder e afetividade. Essa escassez pode gerar conflitos intermináveis entre os membros do grupo se as pessoas não tiverem maturidade para conviver e compartilhar de forma interdependente (vide texto sobre Maturidade). Para que um grupo atinja maturidade e alcance a fase de alto desempenho terá que conviver com conflitos, pois nenhum grupo está livre deles. Entretanto, as mudanças no grupo, seu crescimento e desenvolvimento resultam do modo como os conflitos são enfrentados e resolvidos. Cada resolução, seja satisfatória ou insatisfatória, caracteriza nova etapa na vida do grupo. Uma das funções positivas do conflito é romper equilíbrio da rotina. Essa ruptura mobiliza a energia latente do grupo, desafia acomodação de idéias e posições, desvenda problemas escondidos, aguça a percepção e o raciocínio, excita a imaginação e estimula a criatividade para soluções originais. Os efeitos positivos do conflito podem ser aproveitados se o grupo admitir que existe um conflito. Esse reconhecimento predispõe as pessoas a agir, ao invés de negar a realidade esquivando-se de enfrentá-la. Os conflitos podem ser funcionais ou disfuncionais. Os funcionais, de alguma forma agregam valor ao grupo e merecem atenção para que promovam reflexão e