O que os jovens pobres querem conquistar com seus rolezinhos que causam medo, transtorno social e opiniões diversas em contrapartida de seus ideais de serem aceitos sem preconceito de classe e cor? Eles estão buscando uma felicidade transitória, passageira, rápida, que, aos olhos de cidadãos que vivem a margem do senso comum, os taxam de baderneiros e bandidos, por causar alvoroço e constrangimento em proprietários de lojas privadas, já que esses precisam realizar vendas de seus produtos para girar o capital sem que exista a interferência de pessoas que vivem no submundo da pobreza, da desigualdade social e que não tem condições de realizar compras nessas lojas. Tanto começou a revolução do rolezinho, que já está ficando para segundo plano a sua divulgação, pois traz uma afronta à sociedade de consumo desenfreada (este consumo traz uma felicidade plena dentro do contexto do capitalismo). A busca pela felicidade plena na vida contemporânea está sendo trocado por momentos felizes. Quando alguém compra alguma coisa que passa incessantemente na televisão na forma de anuncio, quando alguém come alguma coisa que o deixe satisfeito por cinco minutos e depois faz a fome voltar com mais força, fazendo com que aquele alimento industrializado seja comprado novamente, um carro que todos irão olhar com brilho nos olhos, uma bela roupa que cause admiração, etc.. As pessoas excluídas desse direito de consumo exagerado, sentem-se menosprezadas, esquecidas, abandonadas pela sociedade feliz. Se um tem o direito de ser feliz, o outro também tem esse direito. Não lutam pela felicidade de espírito, mas sim pela felicidade material, passageira, aquela que causa espanto, inveja e admiração nas pessoas que buscam esse tipo de prazer efêmero em suas vidas. O rolezinho é isso. A busca pela participação no consumo capitalista como forma de felicidade e prazer pessoal. Em uma sociedade que busca o prazer nas formas materiais e consumistas, desperta o sonho e a vontade daqueles que