Charlie Hebdo
Hebdo, e porquê?
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Porque as suas caricaturas de Maomé, entre outras personalidades religiosas no mundo, ultrapassam a intolerância aos princípios que orientam o Islamismo, como de outras religiões;
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Porque nenhuma piada é ingénua ou sem objectivo, elas carregam sempre uma intenção além de simplesmente "fazer rir". Com piadas é possível tanto descontrair uma pessoa quanto ofendê-la profundamente, quando não a afasta da boa convivência social ou a mergulha em preconceitos injustos. Por isso devem ser delimitadas pelas leis que garantam e protegem os direitos civis de países democráticos;
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Quando uma charge é publicada para satirizar o que determinado grupo considera "sagrado", ela endossa a ignorância, a ofensa e o ódio, disfarçados de humor, e isso sim é intolerante. Não se trata de falta de humor, mas de humor que falta limites;
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Porque a "liberdade de expressão" não é livre para se expressar como se pensa. No ano passado um grupo de adeptos do Grémio chamou de "macaco" o guarda-redes Aranha, jogador do Corinthians, e toda a equipa foi punida por ter violado leis que regulam tais manifestações. Porque a imprenssa nunca é livre das leis e está sujeita a elas - aliás, a chamada "liberdade de expressão“;
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Charlie Hebdo acostumou-se com a liberdade de violar a liberdade do "outro" com piadas que insultam e desafiam o direito das religiões (também) de preservarem as suas autoridades e as suas doutrinas mais sérias;
Porque à semelhança de determinados canais de "humor" no YouTube e de apresentadores "humorísticos" na TV, este jornal satírico defende para si o direito de humilhar, ofender e sedimentar preconceitos na sociedade por de trás do rótulo da "brincadeira de criança", e inconsequentemente faz crescer a intolerância contra o Protestantismo,
Catolicismo, Islamismo, etc;
A exemplo disso, a primeira edição publicada logo após os atentados terroristas, apresenta uma charge de uma mulher com