Charlie Hebdo
Ricamente ilustrado, ele publica crónicas e relatórios sobre a política, a economia e a sociedade francesas, mas também ocasionalmente jornalismo investigativo com a publicação de reportagens sobre o estrangeiro ou em áreas como as seitas, a extrema-direita, o Catolicismo, o Islamismo, o Judaísmo, a cultura, etc.1 O editorial implica (satiriza) com o Partido Comunista Francês, com o catolicismo conservador, a hierarquia judaica, e até mesmo com o terrorismo islâmico.2
O editorial se definie como libertário, sendo um reduto muitíssimo diversificado do pensamento de esquerda não oficial.2 De acordo com Charb, a redacção do jornal Charlie Hebdo "reflecte todos os componentes da esquerda plural, e mesmo os abstencionistas"1 . Para Ziraldo o jornal é corajoso na sua forma de fazer humor.3
Em 1960, George Bernier (1929-2005) mas mais conhecido como o Professeur Choron4 e François Cavanna (1923-2014) lançam uma revista mensal sátirica intitulada Hara-Kiri de tendência cínica e licenciosa. O Professeur Choron exerce as funções de director de publicação enquanto Cavanna é o editor. Cavanna reuniu uma equipe que incluía Roland Topor, Fred, Reiser, Georges Wolinski, Gébé eCabu, Sépia (pseudónimo de Cavanna), Siné,etc.
Após uma carta de um leitor acusando o jornal de ser "estúpido e mau" ("bête et méchant"), a frase tornou-se o lema oficial para o jornal : « Hara-Kiri, journal bête et méchant »; todos os mêses, o Professeur Choron apresenta até um jogo "bête et méchant" para os leitores.5
O jornal foi brevemente banido em 1961, e novamente por seis meses em 1966 sob a influência de Yvonne de Gaulle, esposa do Presidente da República. 6 Em 1969, a equipe de Hara-Kiri decide produzir uma publicação semanal que trata de acontecimentos actuais. Este é lançado em Fevereiro como Hara-Kiri Hebdo e renomeado L'Hebdo Hara-Kiri em Maio do mesmo ano ('Hebdo "é a abreviação de' hebdomadaire '-' semanal ').
Em Novembro de 1970, após a