Acordo coletivo de trabalho no setor elétrico
A Convenção Coletiva nasceu na Europa e nos Estados Unidos e trouxe vantagens aos convenentes vantagens como uma forma de negociação pacífica, minimizando a ocorrência de greves, o reconhecimento por parte do empregador da legitimidade e representatividade do sindicato nas negociações, com a conseqüente conquista de novos direitos para os trabalhadores. Para o Estado era uma forma de não interferência, em que as próprias partes buscavam a solução de seus conflitos, culminando com um instrumento de paz social.
No Brasil, a expressão convenção coletiva surgiu com o Decreto nº 21.761 de 1932, tendo por base a lei francesa de 1919 e possuía efeito normativo para toda a categoria profissional e econômica. Foi reconhecida constitucionalmente, em 1934, e a partir de então todas as demais constituições brasileiras trataram do assunto. O Decreto nº229/67 traz o Acordo Coletivo e que mais tarde é reconhecido pela Constituição Federal de 1988.
2. HISTÓRIA DOS ELETRICITÁRIOS DA CEMIG 3.2. CRIAÇÃO DO SINDIELETRO
Em 1946, os trabalhadores da Força e Luz - empresa de capital inglês e canadense que fornecia energia aos bondes de Belo Horizonte, Santa Bárbara e Itabirito - realizaram as primeiras reuniões para a criação da Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Minas Gerais. A entidade foi fundada em 25 de julho de 1951, no mesmo ano o governador Juscelino Kubitschek anunciou a construção da Cemig.
Em 1952 a empresa foi inaugurada por JK e a Associação dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica se tornou, de fato, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia HidroElétrica de Belo Horizonte, Santa Bárbara e Itabirito.
Na década de 1950 a falta de treinamento, os baixos salários e a falta de pagamento de horas extras e adicional noturno aumentaram a indignação dos trabalhadores dando mais força ao Sindicato. A ocorrência de