acidos do refrigerante
A Química do Refrigerante
Ana Carla da Silva Lima e Júlio Carlos Afonso
Este trabalho aborda a produção de refrigerantes, descrevendo a função de cada um de seus componentes.
Sua fabricação exige um rigoroso controle a fim de assegurar a qualidade de um produto destinado ao consumo humano. O refrigerante também se presta para diversas experiências em sala de aula, envolvendo a análise sensorial, a solubilidade de gases em líquidos e as reações em meio ácido. refrigerante, gases, análise sensorial
Recebido em 13/02/08, aceito em 03/11/08
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efrigerante é uma bebida não alcoólica, carbonatada, com alto poder refrescante encontrada em diversos sabores. O vocábulo
“tubaína”, empregado no interior do
Brasil, é sinônimo de refrigerante regional e local. A indústria de refrigerante surgiu em 1871 nos Estados Unidos. No Brasil, os primeiros registros remontam a 1906, mas somente na década de 1920 é que o refrigerante entrou definitivamente no cotidiano dos brasileiros (ABIR,
2007). Em 1942, no Rio de Janeiro, foi instalada a primeira fábrica.
O Brasil é o terceiro produtor mundial de refrigerantes, depois dos
Estados Unidos e México (Palha,
2005; Rosa e cols., 2006). Contudo, o consumo per capita é da ordem de 69
L por habitante por ano, o que coloca o país em 28º lugar nesse aspecto.
A Coca-Cola e a Pepsi detêm ¾ do mercado mundial, avaliado em cerca de US$ 66 bilhões anuais (Rosa e cols., 2006).
Entre 1988 e 2004, o mercado nacional cresceu 165%, verificando-se
- Sulfatos e cloretos: Auxiliam na definição do sabor, porém o excesso é prejudicial, pois o gosto ficará demasiado acentuado;
- Cloro e fenóis: O cloro dá um sabor característico de remédio e provoca reações de oxidação e despigmenComposição do refrigerante tação, alterando a cor original do
Os ingredientes que compõem refrigerante. Os fenóis transferem a formulação do refrigerante têm seu sabor típico, principalmente