Acidentes de transito e a saude publica
MARILÉIA MIRANDA MARUES[1]
RESUMO
O objetivo deste artigo é constatar os dados já levantados através de pesquisas, para uma reflexão sobre o impacto que os acidentes de transito provocam na saúde pública, e esta é uma responsabilidade enquanto “Poder Político” e não dá mais para esperar. Apesar de poucas pesquisas e estudos científicos sobre o assunto, o senso comum denota dados assustadores e em experiências pessoais, pois trabalho em uma unidade hospitalar, reforço os incalculáveis prejuízos, pois os acidentes de trânsito faz vítimas numa sociedade como um todo, tanto para o próprio indivíduo, que sofre inúmeras “sequelas” em nível psíquico, fisiológico, social, econômico, como também á Nação/Estado/Município, que custeia todo esse prejuízo.
Palavras-chave: Saúde Publica. Acidentes de trânsito. OMS (Organização Mundial de Saúde)
Muito antes de ser inventado o automóvel, as lesões causadas pelo trânsito envolviam carruagens, animais e pessoas. Os dados aumentaram exponencialmente com o aparecimento e proliferação dos automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos a motor. Foi um ciclista da cidade de Nova York, o primeiro caso registrado de traumatismo em que houve a participação de um veículo a motor, em 30 de maio de 1896. E um pedestre, em Londres, foi o primeiro caso registrado de morte, causado por veículo a motor, em 17 de agosto do mesmo ano.(WORLDFIRSTDEATH 2003) Em 1997, o total de mortes causadas pelo trânsito foi estimado em 25 milhões
(FAITH 1997). Estima-se que, em 2002, morreram 1,18 milhões de pessoas por causa de choques na via pública, o que significa 3.242 mortes diárias. Este dado representa 2,1% das mortes mundiais constituindo-se na nona causa de morte no mundo (OMS 2004). O Brasil gasta, em média, R$ 5,3 bilhões por ano com acidentes de trânsito. Desse total, 16% são destinados à assistência médica. Por trás dos números revelados por estudo do Instituto de