Acidentes de Trabalho em frigorificos
A Rotina dos trabalhadores da Industria de abate de aves,suínos e bovinos envolve inúmeros riscos devido ao manuseio de instrumentos cortantes, iluminação,ruído, pressão por altíssima produtividade e, não raro,jornadas exaustivas em ambientes frios e insalubres, presença de poeira e pequenos espaços. Uma das características do trabalho em frigoríficos é a elevada carga de movimentos repetitivos. Trabalhadores das industrias de aves desossam, no mínimo,4 covas de frangos por minuto.Nessa função, há funcionários que realizam ate 120 movimentos diferentes em apenas 60 segundos, enquanto estudos ergonômicos apontam que o limite de ações por minuto deve ficar na faixa de 25 a 33 movimentos por minuto para evitar o aparecimento de doenças osteomusculares. Especialistas em saúde do trabalho afirmam que as lesões por esforços repetitivos tem como um dos fatores facilitadores e agravantes a exposição a baixas temperaturas. Além disso o trabalho continuo com facas, serras e outras ferramentas afiadas, aliado a jornadas elevam o risco de acidentes de atividades. Os afastamentos por distúrbios osteomusculares (os chamados DORT) foram os mais recorrentes. No abate de bovinos, ocorrem duas vezes mais traumatismo de cabeças e três vezes mais traumatismo no abdomêm,ombro e braço que em outras atividades. O risco de sofrer uma queimadura é seis vezes superior. No abate de aves, a chance de um trabalhador desenvolver um transtorno de humor, como uma depressão é 3,41 vezes maior. No abate de aves e suínos, o risco de sofrer uma lesão no punho ou nos plexos nervosos do braço é 743% maior. O trabalho exige total concentração da personalidade da inteligência de quem trabalha. Quando a energia e o investimento pessoal aplicados ao trabalho não são reconhecidos,gera-se sofrimento mental. O reconhecimento não é uma reivindicação secundaria dos que trabalham. Ao contrario, mostra-se decisivo na dinâmica de