Acidente Seveso 1976
Introdução
A cidade de Seveso, na Itália, sofreu um grande desastre químico quando em 10 de julho de 1976 um reator da indústria química ICMESA da multinacional suíça
Hoffmann-La Roche (indústria farmacêutica), localizada na cidade de Meda, liberou vários quilogramas da dioxina TCDD na atmosfera e o produto espalhou-se por grande área. A nuvem tóxica atingiu as cidades de
Meda, Cesano Maderno, Desio e Seveso.
A fábrica não dispunha de sistema de advertência e nem planos de alarme à população.
Repentinamente, pássaros atingidos pela nuvem tóxica começaram a cair do céu e crianças foram hospitalizadas com diarreia, enjoos e irritações na pele.
Uma área de 1.800 hectares de terra estava contaminada e 75 mil animais morreram ou tiveram que ser abatidos para evitar a entrada da dioxina na cadeia alimentar.
Liberação da fumaça tóxica de dioxina
Animais que morreram ou foram abatidos para evitar a contaminação
Acredita-se que não tenha havido mortes de seres humanos diretamente vinculadas ao acidente, mas 193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de Cloracne (doença de pele atribuída ao contato com a dioxina) e outros sintomas.
Anos após o acidente, o número de vítimas de doenças cardíacas e vasculares em Seveso aumentou drasticamente, os casos de morte por leucemia duplicaram e triplicaram-se as ocorrências de tumores cerebrais. Os casos de câncer do fígado e da vesícula multiplicaramse por dez vezes e aumentou o número de mortes em decorrência de doenças da pele. Gerou doentes crônicos e bebês com má formação congênita. Criança com cloracne doença de pele atribuída ao contato com a dioxina
O Processo de Fabricação
Para se obter o Tetraclorofenol era preciso fazer a mistura de
3 componentes químicos em um reator: Tetraclorodibenzeno,
Etilenoglicol e Hidróxido de Sódio, as válvulas dos tanques desses componentes eram abertas uma de cada vez em direção ao reator. Os controladores de Nível indicavam a quantidade de produto