O Martelo das Bruxas

Ao pararmos para analisar, o intrigante prisma acerca do universo das bruxas na Idade Média, é preciso refletir, tentar compreender e alcançar quais eram os ideais das bruxas daquela época e quais foram as principais motivações da Igreja Católica em relação as feiticeiras. É importante frisar, que a história é contada de diversos ângulos de acordo com origem, formação e opinião daquele que relata, embora a imparcialidade seja desejada e sendo assim, a bruxa relatada por Jules Michelet por exemplo, ou por Palou é bem diferente da relatada por Heinrich Kraemer em seu Malleus Maleficarum. As bruxas eram consideradas uma ameaça a igreja por alguns motivos, um deles foi a Reforma Protestante que fez com que a Igreja perdesse a unanimidade e boa parte dos seus fiéis acirrando ainda mais a perseguição da Igreja Católica a outras formas de culto como aquele praticado pelas bruxas. Podemos citar também que os atributos mágicos das bruxas foram amplificados pela Igreja disseminando tais posturas e imprimindo no imaginário medieval uma certa demonização das feiticeiras. Parte destes episódios, ocorreram, pelo fato da exuberância acerca da feminilidade e poder, que de certa forma, afrontavam o caráter patriarcal. Esses motivos e muitos outros aqui não citados, causaram o ódio, a perseguição e a morte de milhares de mulheres, apenas por não usarem os óculos da igreja para ver o mundo. As sacerdotisas da natureza como apontou Michelet, tinham intenso contato com o natural e seus elementos de onde provém a sua magia. É possível traçar um paralelo interessante entre a figura da bruxa e as pessoas tornadas santas pela igreja. Ambas estão envoltas dos ditos milagres, porém, a interpretação dos milagres eram posicionadas, devido a condição social, status na sociedade daquela que declarou, pois as proezas das santas e das bruxas de fato, eram equivalentes. É necessário que entendamos também que a ligação com o Diabo, a qual as bruxas eram acusadas, era