academico

1.1 INTRODUÇÃO

A unidade básica da atividade neural coordenada é o arco reflexo. Esse arco consiste em um órgão sensorial, um neurônio aferente, uma ou mais sinapses numa estação central de integração (ou gânglio sináptico), um neurônio eferente e um órgão efetor. Nos mamíferos, a conexão entre os neurônios somáticos aferente e eferente em geral se localiza no cérebro ou na medula espinhal. (Ganong, 1999).

O lado eferente do sistema nervoso periférico possui duas divisões: (1) os neurônios motores somáticos, que controlam os músculos esqueléticos e (2) os neurônios autônomos, que controlam os músculos lisos, o músculo cardíaco, muitas glândulas, e uma parte do tecido adiposo.(Silverthorn, 2003).

A atividade do arco reflexo começa em um receptor sensorial com um potencial receptor cuja amplitude é proporcional à força do estímulo. Isso gera potenciais que obedecem à lei do tudo-ou-nada no nervo aferente e o número desses potenciais é proporcional à amplitude do potencial gerador. (Ganong, 1999).

O arco reflexo mais simples é formado por uma sinapse única entre os neurônios aferentes e eferentes. Esses arcos são monossinápticos e os reflexos desencadeados também são monossinápticos. Os arcos reflexos em que um ou mais interneurônios estão interpostos entre os neurônios aferentes e eferentes são polissinápticos e o número de sinapses existentes nos arcos varia de dois a diversas centenas. (Ganong, 1999).

As vias motoras somáticas, que controlam os músculos esqueléticos, diferem das vias autônomas tanto anatomicamente quanto funcionalmente. As vias somáticas têm um único neurônio que se origina no SNC e projeta o seu axônio até o tecido-alvo, que sempre é um músculo esquelético. Diferente das vias do sistema autônomo, que podem ser excitatórias ou inibitórias, todas as vias somáticas são excitatórias. (Silverthorn, 2003).

Os neurônios motores somáticos criam mais do que simples contrações: eles são necessários para a saúde do músculo.