Abuso Sexual em Crianças e Adolescentes
A definição de abuso sexual em crianças varia de cultura para cultura. Isso ocorre também em relação à definição da maioridade, que varia entre países e culturas.
Há um importante problema para definir e decidir quais atos sexuais são abusivos, pois eles englobam situações de contato e de não-contato.
O abuso sexual em crianças é de natureza social, tendo em vista que é influenciado pela cultura e pelo tempo histórico em que ocorre.
A definição de abuso sexual em crianças exclui atividade sexual consensual entre colegas. Tal definição, na verdade, inclui quaisquer atos sexuais impostos dentro do âmbito familiar, ou não familiar, em que haja abuso da posição de poder e confiança. Isso ocorre quando a criança ou o adolescente é usado como objeto de satisfação sexual das necessidades de um adulto e não é capaz de consentir de forma consciente, pois há desequilíbrio no poder ou na capacidade mental, e mesmo física da criança.
Definição de abuso sexual infantil:
“Forçar ou incitar uma criança ou um jovem a tomar parte em atividades sexuais, estejam ou não cientes do que está acontecendo. As atividades podem envolver contato físico, incluindo atos penetrantes (estupro ou sodomia) e atos não-penetrantes. Pode incluir atividades sem contato, tais como levar a criança a olhar ou a produzir material pornográfico ou assistir a atividades sexuais ou encorajá-la a comportar-se de maneiras sexualmente inapropriadas.”
(Departamento de Saúde, 2003).
Quando o abuso sexual é organizado
Alguns abusadores agem sozinhos, mas há casos de grupos envolvidos em abuso sexual infantil. São círculos de sexo com crianças em que os adultos envolvidos não têm parentesco entre si. Sabe-se que alguns pais estabelecem círculos de abuso nos quais trocam seus filhos com os de outros ou com crianças não pertencentes à família, por causa da natureza viciadora da pedofilia – e há uma demanda constante por novas crianças. Na maioria das vezes, as crianças