Abraçado ao meu rancor
Este é um texto que aborda a realidade da cidade de São Paulo. Uma viagem minuciosa por diversos bairros da capital paulista. Uma análise detalhada do perfil do povo paulistano, seu modo de viver, de enxergar a vida. Tudo isso pelo olhar de João Antonio, um jornalista incumbido de desenvolver uma reportagem sobre o turismo comercial em São Paulo.
João Antonio, um jornalista critico, que enxerga na cidade de São Paulo um sinônimo de melancolia, tristeza e solidão. Uma cidade cinza, sem brilho algum. Em sua analise, o jornalista por diversas vezes irá comparar São Paulo com o Rio de Janeiro. O carioca na visão de João Antonio vive muito mais a vida do que o paulistano. No desenvolvimento de sua matéria, o jornalista vai adquirindo uma série de fatores que apenas um jornalista atento conseguiria captar. Uma simples placa publicitária serve de comparação para a precária situação financeira do paulistano. O espaço físico do centro de São Paulo vai perdendo espaço para a pobreza, sujeira e desorganização. A pobreza consome a cidades e quem nela vive.
“Hoje, os ratos, fedor, vexatório, lixo pelos corredores, fala- se em interdição. Velhos moradores vão aos jornais, pedem socorro. Nem justiça pedem, com essa nunca contaram. Desço. Vou sabendo que a justiça é cega, lenta. E coxa. Olhem o que foi feito do Martinelli. Escuro, penumbra ensebada, abafada e restos, mofo”. p.82
Em alguns pontos o texto vai refletir o que é viver. Itens como o trabalho exacerbado, a rotina estressante e a falta de dinheiro são apontados como causas cruciais para a tristeza paulistana. Os bêbados são chamados de louco. Não se pode tomar um chopp em um dia da semana que não seja sexta feira. Essa rotina estressante é tema da comparação entre Rio de Janeiro e São Paulo.
De mais a mais, como não me irritar com uma gente que tem hora e dia certos até para porres? Sexta- feira se bebe, confiando-se