Aborto
No ato da fecundação, na fusão dos gametas do pai e da mãe, espermatozóides e óvulo, origina-se o embrião, organismo em estágio inicial de desenvolvimento da pessoa: a Ana ou o João, nascituro, que há de nascer. Está formada a pessoa. Corpo e alma. O indivíduo. Unidade distinta, chamada embrião. Mas já é a criança menina, menino! E é bom lembrar que o espermatozóide tem motilidade, é móvel, tem vida. No microscópio ele se parece muito com um girino, ovo de sapa, em movimento dentro d´água.
“O filho não é algo devido, mas um dom. O “dom mais excelente do matrimônio” é uma pessoa humana. O filho não pode ser considerado como objeto de propriedade, a que conduziria o reconhecimento de um pretenso “direito ao filho”. Nesse campo somente o filho possui verdadeiros direitos: o “de ser o fruto do ato específico do amor conjugal de seus pais, e também o direito de ser respeitado como pessoa desde o momento de sua concepção” (C.I.C., item 2378).
O respeito para com a pessoa humana, a honra, o sentimento de dignidade própria que leva o indivíduo a procurar merecer e manter a consideração geral, desaparece no aborto provocado sem motivo forte e desonra a pessoa aborteira.
A vida é dom do Criador. Esta energia que não pode ser criada, mas apenas transformada é essencial para que algo subsista. Não pertence ao homem, mas a Deus. O aborto, o crime nefando de abortar, contradiz a natureza, o amor.
É a modernidade, coisa do tempo atual, dirão. Ora, moço! O sol, a lua e as estrelas, por acaso são modernos? Existem, sim, ótimas coisas modernas, meus 12 netos, por exemplo. É ótimas coisas antigas, meus avós e pais que já se foram... A terra, olhos-d´água, rios e mares...
Quando não se respeita o ser humano nos primeiros estágios de desenvolvimento, a vida no seio materno, indefeso, o que se pode esperar dessa pessoa, o que mais vai respeitar? Se não respeita a vida, convenhamos, respeitará mais alguma coisa? Terá consciência moral? Esta “faculdade de distinguir o