Aborto
Guia para profissionais e serviços de saúde.
Introduzir novas abordagens no acolhimento e na atenção
Objetivo: assegurar a saúde e a vida das mulheres.
Aborto - morte materna;
As mulheres devem ser acolhidas, atendidas e tratadas com dignidade.
Introdução:
Abortamento: grave problema de saúde pública
Espontâneo: representa 10% das gestações
Requer atenção técnica adequada, segura e humanizada.
Motivos que levam ao abortamento:
O abortamento pode resultar
Necessidades não satisfeitas de planejamento reprodutivo, envolvendo:
Falta de informação sobre anticoncepção;
Dificuldades de acesso aos métodos;
Falhas no seu uso e
Ausência de acompanhamento pelos serviços de saúde.
Outro caso: Relações impostas pelos seus parceiros ou de situações de estupro.
Aspectos do Abortamento
Aspectos culturais, religiosos e legais
O abortamento é vastamente praticado, com o uso de meios diversos, muitas vezes induzidos pela própria mulher ou realizados por profissionais em condições inseguras → consequências danosas à saúde → morte.
OMS: 50% das gestações é indesejada, com 1:9 mulheres recorrendo ao abortamento para interrompê-las.
Brasil:
31% das gestações terminam em abortamento.
Ocorrência anual de 1.443.350 abortamentos
Taxa de 3,7 abortos/100 mulheres de 15 a 49 anos
Abortamentos provocados em 1996
Estimativas: 728.100 (média) e 1.039.000 (máxima)
Polêmica
Em países em que as mulheres têm acesso a serviços seguros, suas probabilidades de morrer em decorrência de abortamento realizado com métodos modernos não é maior do que 1:100.000
O abortamento representa uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil.
Realidade brasileira: 74 óbitos/100.000 nascidos vivos
Entre 1995 e 2000, estatísticas de vários países europeus mostram taxas inferiores a 10 óbitos/100.000 nascidos vivos, com o abortamento sendo realizado em condições seguras, não se constituindo mais importante causa de óbito.
Nordeste