Aborto
Aborto Farmacológico
Consiste na utilização de medicamentos para indução do aborto. No Brasil, as substâncias utilizadas são o Misoprostol e a Ocitocina. Os medicamentos têm a fun¬ção de provocar contrações que levam ao aborto. Esse é o método mais utilizado nos hospitais do país.
O misoprostol produz contrações fortes e intensas, que geram o aborto. Às vezes utilizamos a ocitocina e o misoprostol em conjunto, para auxiliar na condução do procedimento. Os medicamentos são administrados pela via oral ou vaginal. Se¬gundo especialistas, a via vaginal é mais eficiente e recomendada. A dose depende da idade gestacional da paciente. O tempo de duração do procedimento também depende de cada pessoa. Em torno de 77% das mulheres levam até 3 dias entre a indução do aborto e a finalização do procedimento, mas em cerca de 7% delas o procedimento dura mais de cinco dias. Com a ingestão da substância abortiva, a mulher sente fortes cólicas e apresenta sangramento intenso.
Apesar de muito utilizado, o método é considerado demorado e possivelmente doloroso, podendo causar sangramento excessivo durante e após o processo de abortamento. Segundo o Protocolo Assistência Integral à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Sexista, produzido pela Prefeitura do Recife, o possível risco de san¬gramento excessivo e o eventual efeito psicológico de observar a expulsão do conteúdo uterino devem ser discutidos com a mulher, que poderá optar entre permanecer internada ou esperar o aborto em casa, nos casos de interrupção da gestação dentro do primeiro semestre.
AMIU: Aspiração Manual Intra-uterina. A AMIU é considerada a técnica mais eficiente e menos invasiva. Consiste em um aspirador a vácuo acoplado a cânulas de plástico semi-flexiveis cânulas de plástico semiflexível de diferentes espessuras. Além de utilizado para a indução do abortamento, é o procedimento mais recomendado de evacuação do útero pós-aborto, para a retirada de tecido residual que evita