Aborto

O aborto de fetos anencéfalos
LEVI GOMES DE LIMA JUNIOR 2B

A anencefalia, assim é definida pelos médicos: “Uma malformação congênita que se caracteriza geralmente pela ausência da abóbada craniana e massa encefálica reduzida”. Entretanto, o assunto está aberto a discussões.
Aprovado pelo Supremo Tribunal Federal o abordo de anencéfalos, tem gerado inúmeras discussões, pois é um assunto de extrema complexidade, vistoque, envolve ditames culturais e religiosos, juntamente com a dignidade do individuo humano.
Embora o Brasil seja um país laico, o Estado brasileiro é visivelmente influenciado pelas opiniões religiosas. Com oito votos favoráveis a aprovação do aborto de anencéfalos possibilita à genitora a interrupção da gestação, ao descobrir que o feto que está sendo gerado não possui a formação completa do cérebro, ao realizar essa interrupção, retirará a vida do feto.
Adentrando no ponto de vista religioso, acredito que ao permitir essa faculdade para a genitora, os eminentes ministros violaram o seguinte preceito bíblico:
“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). E determinou: “Não matarás.” (Êxodo, 20,13)
Sempre formei e transmiti meus pensamentos e opiniões mediante preceitos religiosos, no entanto é importante abrir o “leque” principalmente para essa questão, vistoque que a não concessão para a interrupção da gravidez de um anencéfalo, colocaria em risco a vida da genitora, e o direito das mulheres seria retardado mais uma vez. O que mais pesou para essa decisão foi à análise do sofrimento da mãe. Haja vista que é a gestante que poderá decidir se irá interromper a vida do feto ou dará continuidade ao mesmo. A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) é louvável se interpretada como uma defesa da dignidade humana, dignidade essa oriunda apenas da gestante, pois não vejo dignidade alguma em ralação ao feto, não creio que se finda o sofrimento sucumbindo os sofredores, compreendo tal decisão como uma relativização