Aborto

Por um lado uma malformação cerebral incompatível com a vida fora do útero que chamamos de anencefalia fetal, por outro a mulher, cujo o sonho de ser mãe não se atenua ao sofrimento de uma escolha seja ela qual for, não estará livre da dor. Vivemos em uma sociedade descriminadora na qual temos exemplos diariamente de tal ato, logo qualquer pessoa que tenha um defeito físico ou não esteja dentro dos padrões impostos pela mesma sociedade , são descriminadas sem o menor desdém e o único fator que vem tentando diminuir esse problema são as leis. Apesar do direito fazer parte quase que integralmente de nossas vidas, esse é um ponto muito íntimo da vida de uma pessoa: o livre arbítrio. Entenda-se a passagem bíblica onde Deus dá aos humanos a oportunidade de fazer escolhas que realmente afetam o seu destino. Deus criou o homem a sua própria imagem, e isso inclui a capacidade de escolher. A vedação ao aborto nesse caso específico é uma violação à intimidade e à dignidade do ser humano. Apenas as mulheres sabem o que é passar por uma gestação, os riscos que correm, as dificuldades que enfrentam. E passar por essa situação realmente nem a emoção e nem o psicológico aguentam, pois as sequelas são muitas. O fato de o aborto ser legalizado não quer dizer que é obrigado uma pessoa fazê-lo, mas dá liberdade à quem o quer. Entretanto, o não reconhecimento do aborto anencefálico é um atraso civilizatório ficando claro que uma vez imposta a lei nenhuma mulher será obrigada a abortar, pelo contrário, toda gestante terá liberdade para fazê-lo ou não de acordo com suas convicções pessoais e religiosas. Obrigar uma mulher a sustentar a gestação de um feto anencefálico é prática institucionalizada de de tortura,uma vez que a criança, com vida simbólica e psicológica, não