Aborto de anencefalos
Qualquer prática que venha a tirar a vida de alguém deve ser considerada um crime. O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de viver. Pensa-se somente no sofrimento da mãe e da família, mas a criança na qual culpa nenhuma tem é a que sofre as consequências e tiram-lhe o direito de viver. Não se deve generalizar que todas as crianças anencéfalas têm somente dias ou meses de vida. Há casos de crianças, como a Vitória, que é anencéfala, mas que está viva e tem dois anos de idade. E não só ela, mas muitas outras crianças que tiveram o direito de viver e que surpreenderam a ciência.
A sociedade acaba dificultando tal caso, desde o momento em que ela discrimina uma pessoa com algum tipo de deficiência seja ela física ou mental, julgando-a incapaz e impossibilitando-a de ter as mesmas oportunidades que todos na vida. Quando se tem esse tipo de atitude, acaba por afetar muito casos de aborto, como no caso de anencefálicos. As mães e as famílias acabam por optar em abortar, porque não querem que a criança (se for o caso em que ela consegue viver anos) sofra discriminação e seja rejeitada pela sociedade. E é certo de que ela sofrerá discriminação por não ter seu encéfalo desenvolvido e consequentemente será julgada com menos capacidade que as outras.
Recentemente o Supremo Tribunal de Justiça votou sobre o direito da mãe em interromper a gravidez e foi aprovada com oito votos contra dois. Deve haver alguma maneira de resolver essa questão ao de invés de simplesmente tirar a vida uma ingênua criatura. Por mais que ela venha a morrer no parto ou