abortamento
Incidência Cerca de 15% das gestações entre a 4° e a 20° semanas de evolução terminam espontaneamente (abortamento clínico). Se levarmos em conta o momento da fertilização, a incidência de abortamento (até 18 semanas de desenvolvimento ou 20 semanas gestacionais) pode chegar a 62%.
Etiologia
A grande maioria dos casos de abortamento espontâneo esporádico é determinada por cromossomopatias, trissomias, doença materna grave, traumatismos e intoxicações. Patogenicamente, o primeiro evento que leva ao sangramento é a hemorragia na decídua, com posterior necrose tecidual: atua como foco irritante e estimula as contrações miometriais que determinam maior descolamento placentário.
Formas Clínicas e Condutas
Ameaça de abortamento
Abortamento inevitável
Abortamento completo
Abortamento incompleto
Abortamento infectado
Abortamento retido
Abortamento habitual
Ameaça de Abortamento Refere-se à gravidez clinicamente possível acompanhada de sangramento vaginal de origem intra-uterina, decorrente, pelo geral, de hematoma subcoriônico após descolamento parcial da placenta.
Devemos suspeitar de ameaça de abortamento a partir de qualquer sangramento vaginal na primeira metade da gestação. A perda de sangue geralmente é pequena, de cor viva ou escura. As dores abdominais são em cólica e geralmente sucedem a hemorragia, mas podem acompanhá-la. Ao exame encontramos caracteristicamente o colo uterino (orifício interno) ainda fechado. diagnóstico Uma vez instituída a hemorragia, devemos, em primeiro lugar, afastar outras causas de sangramento na primeira metade da gravidez (neoplasia trofoblástica gestacional e prenhez ectópica) e em seguida determinar se há viabilidade fetal para continuação da gestação. A ultra-sonografia transvaginal e a dosagem seriada do B-hCG e da progesterona servem para ambos os propósitos.
Quadro Clínico
Hemorragia traduzindo anomalia decidual e/ou deslocamento do ovo;
Dor, sinal de contração uterina.
Tratamento