Abortamento

ABORTAMENTO

A origem etimológica da palavra aborto é de origem latina (abortus ouabortio), conjugação das palavras “ab” (privação) e “ortus” (nascimento), significando não nascer, impedir o nascimento ou privação do nascimento (SOUZA FILHO;AMARAL, 2010; CUELLAR, 2010). Classificando-se como a interrupção de uma gravidez. Alguns obstetras, para defini-lo, delimitam o tempo de gestação até a 22ª semana de gravidez. Após esse período, a interrupção é considerada parto prematuro e, se houver óbito do feto, este é considerado natimorto. Segundo sua cronologia o aborto subdivide-se em dois períodos: precoce (antes das 12 semanas de gravidez) e tardio, geralmente, da 13ª à 22ª semana de gestação. Os estudos indicam que os abortos precoces tem origem em anomalias na formação do embrião (compreende 60% do total de casos), alterações cromossômicas, problemas da mãe, como: endócrinos, imunológicos, infecções, seja por vias urinárias ou ginecológicas, em geral, e também por consumo de drogas. Já os abortos tardios estão mais relacionados com: idade materna avançada, multiparidade, enfermidades infecciosas crônicas, anomalias dos órgãos reprodutores, desnutrição da mulher gestante, incontinência istimo-cervical: a gestação não se desenvolve, pois o colo do útero não é capaz de sustentar o embrião, sendo necessária uma intervenção cirúrgica que consiste em amarrá-lo com fio adequado, procedimento denominado cerclagem. Havendo 20% do total de abortamento ocasionados por motivos desconhecidos. Segundo a intenção (forma ou condição jurídica) o abortamento pode ser:
Espontâneo ou natural: Se a interrupção ocorrer em consequência de vários fatores de ordem natural, isto é, se a expulsão do feto for realizada pelo próprio organismo sem interferência externa;
Induzido ou provocado: Quando sofrem a interferência de agentes mecânicos (cureta, aspiração etc.) ou químicos (remédios abortivos). Os abortos provocados podem ainda ser classificados como terapêuticos (para salvar