Platão Pensando em como caracterizar a filosofia segundo Platão temos a problemática do conhecimento que privilegia a epistemologia, isto é, a temática do conhecimento e o papel crítico da filosofia. Temos como principal tarefa da filosofia estabelecer como podemos avaliar determinadas pretensões ao conhecimento; o sucesso nessa tarefa permite com que a filosofia se estabeleça como uma espécie de árbitro, de legislador de uma cultura, de uma sociedade, consistindo basicamente nisso sua função crítica. A obra de Platão se caracteriza como a síntese de uma preocupação com a ciência, com a moral e a política, envolvendo assim um reconhecimento da função pedagógica e política da questão do conhecimento. Sua conclusão é, portanto que o conhecimento identifica-se em seu sentido mais elevado com a visão do Bem. Assim a filosofia corresponderia a um método para se atingir o ideal em todas as áreas pela superação do senso comum, estabelecendo o que deve ser aceito por todos independentes de origem, classe ou função. É isso que significa a universalidade da razão. Tendo como partida o senso comum, a dialética platônica conduz o interlocutor a descobrir ele próprio a verdade. Para Platão é preciso revelar que a opinião tem uma “falsa consciência” e dessa maneira ele opõe a verdade e o conhecimento. Com o diálogo socrático a busca do conhecimento verdadeiro por meio da dialética, herança de Sócrates seu mestre Platão desenvolve seu conhecimento e teoria de ideias pelo qual escreveu inúmeros diálogos se suma importância. Nascido em Atenas e pertencente a uma família aristocrata Platão teve a maior parte de seus ensinamentos por meio de Sócrates, principalmente em relação à concepção de filosofia e foi também com ensinamentos de seu mestre e sua morte que começou a escrever seus diálogos. Porém após ter contato com pitagóricos e eleatas, Platão se distancia do pensamento de Sócrates e passa a ter sua própria doutrina discordando principalmente do método de análise.