Aberrações opticas
De início, lembramos que a teoria de Gauss, relativa à formação das imagens, segundo a qual a pontos do espaço-objeto correspondem pontos do espaço-imagem, a retas correspondem retas, a planos correspondem planos, é válida somente quando o campo e a abertura dos sistemas ópticos têm valores muito pequenos. As leis da teoria gaussiana perdem o significado nos sistemas ópticos de uso corrente na prática e a imagem de um ponto luminoso, por exemplo, não é mais um único ponto.
As aberrações são independentes de eventuais defeitos de construção, mas estão relacionadas com a forma geométrica e com as características ópticas dos meios que compõem o sistema.
Classificações
As aberrações que normalmente se distinguem são seis, das quais cinco são de caráter geométrico e, por isso, denominadas por aberrações de figura, enquanto a sexta, que depende da natureza da luz, toma o nome de aberração cromática.
São também classificadas em:
a) monocromáticas, quando há falta de semelhança geométrica entre objeto e imagem, também com radiação monocromática;
b) cromáticas, quando há imagens com a borda iridescente;
c) axiais, quando são determinadas por pontos irradiantes sobre o eixo óptico do sistema e são insensíveis ao deslocamento do diafragma;
d) extra-axiais, quando se originam somente de pontos fora do eixo e variam com a variação da posição do diafragma.
Quando se diz que um sistema óptico está certo ou se quer corrigir certa aberração, não significa que aquela aberração não está mais presente, o que geralmente é impossível, mas apenas que os seus efeitos estão reduzidos a valores aceitáveis.
Aberração esférica
Tome-se uma superfície esférica refringente que separe dois meios, um menos refringente, outro mais refringente, que seja atingida