Aberração Cromatica
ABERRAÇÃO CROMÁTICA
Introdução
Quando Johann Carl Friedrich Gauss (1777-1855) estudou os fundamentos da óptica geométrica ele definiu que na formação de imagens, os pontos do objeto correspondem aos pontos da imagem, retas correspondem a retas na imagem, e planos no objeto correspondem a planos na imagem. Para que isso ocorra, é necessário que a abertura dos sistemas ópticos assumam valores muito pequenos. No entanto, o próprio Gauss notou diferenças entre objetos e imagens nos sistemas ópticos experimentais, mesmo considerando pequenos intervalos de abertura. Estas diferenças são conhecidas como aberrações ópticas. Estas aberrações não ocorrem devido a erros de construção dos equipamentos, mas devido a forma geométrica e características dos meios que formam o sistema.
Uma aberração óptica refere-se a um defeito pelo qual um sistema óptico forma, do objeto, uma imagem imperfeita, ou seja, uma imagem que não é semelhante ao objeto ou, então, tem outra coloração quanto ao objeto.
De início, lembramos que a teoria de Gauss, relativa à formação das imagens, segundo a qual a pontos do espaço-objeto correspondem pontos do espaço-imagem, a retas correspondem retas, a planos correspondem planos, é válida somente quando o campo e a abertura dos sistemas ópticos têm valores muito pequenos. As leis da teoria gaussiana perdem o significado nos sistemas ópticos de uso corrente na prática e a imagem de um ponto luminoso, por exemplo, não é mais um único ponto.
Aberrações esféricas
Considerando um feixe de raios de luz monocromática paralelas que atravessam uma lente convergente paralelamente ao seu eixo, os raios mais próximos ao eixo e os raios mais distantes serão refratados entre dois pontos A e B, conforme a figura:
Como podemos observar na figura, os raios que emergem da lente não passam todos pelo mesmo ponto, mas ficam distribuído entre os pontos A e B. Envolvendo os raios que emergem da lente até o ponto A, obtemos a forma de um funil,