resumo lentes progressivas
As lentes eram pequenas e redondas simplesmente porque era mais fácil, no século XIII, conseguir cortar uma pequena lente sem impurezas numa placa de vidro. O diâmetro reduzido limitava as aberrações ópticas. Por sua vez, a forma redonda, centrada no olho, facilitava a regulação das lentes pelo óptico, em caso de astigmatismo. A lenda do surgimento das lentes progressivas é atribuida a Benjamim Franklin a "invenção", em 1785, da lente bifocal, simplesmente, como ele próprio conta "formando uma única lente por justaposição de duas metades de lentes diferentes, uma para visão de perto e outra para visão de longe". É difícil imaginar que ninguém tenha pensado nisso mais cedo. Enquanto na Lissac, René Grandperret desenvolve o conceito da lente orgânica, Bernard Maitenaz, jovem licenciado das Artes e Ofícios e da Escola Superior de Óptica, ingressa, em 1948, como engenheiro de projetos na Société des Lunetiers. Deste encontro entre um jovem engenheiro de 22 anos e na empresa centenária vai nascer a Varilux®.
Bernard Maitenaz Inventou as lentes Varilux em 1959. A ideia nasceu de uma constatação muito simples, fruto da dupla formação em óptica e em mecânica. Em mecânica, estudou formas complexas. Mais tarde, verificou que, em óptica, se utilizavam naquela época apenas formas simples (esferas, toros). Utilizou, então, formas mais complexas para melhorar o desempenho das lentes corretoras. O projeto de uma lente progressiva era seu hobby, pessoal, dedicando noites e finais de semana a ele. Em 1951, Maitenaz registra a patente do resultado de suas primeiras pesquisas sobre a geração das superfícies progressivas. Em 1955, já era capaz de apresentar um conjunto coerente de cálculo e de fabricação à Société des Lunetiers. Assim foi registrada a primeira patente, para o projeto de fabricação da lente.
Inicialmente foram, sobretudo, cálculos, imensos cálculos. Logo a seguir, foi necessário pensar na cineática das máquinas para a realização