Abacax
-------------------------------------------------
Comprar e tomar conta de computadores não traz vantagem nenhuma a seu negócio. Usá-los bem, sim. É por isso que cada vez mais empresas estão partindo para a terceirização - Por Sérgio Teixeira Jr. - EXAME
Antes de ocupar a cadeira de diretor de tecnologia da Sadia, Flávio Schmidt já tinha sido auditor, diretor financeiro, vice-presidente de planejamento e diretor de administração corporativa. Em outras palavras: antes de entender a diferença entre ERP, CRM e SLA, Schmidt sabia que tecnologia boa é tecnologia que funciona -- e esse não era o caso da Sadia. Os micros estavam obsoletos. Sistemas vitais, incluindo o software de gestão, tinham sido desenvolvidos internamente e exigiam esforço constante para manutenção e atualizações. Ou seja, os computadores estavam atrapalhando ao invés de ajudar. Depois de fazer e refazer as contas e antever a dor de cabeça de uma reestruturação completa, ele chegou à conclusão que a solução seria uma só: livrar-se do departamento de tecnologia. Há dois anos, Schmidt entregou tudo, da infra-estrutura à mão-de-obra, a prestadores de serviço.
A Sadia não foi a única empresa a concluir que pode valer a pena deixar o abacaxi do gerenciamento dos computadores nas mãos de quem entende do assunto. Ao contrário. A americana Procter & Gamble assinou um contrato de 3 bilhões de dólares para que a HP administre seu parque tecnológico em todo o mundo, do PC na mesa das secretárias aos mainframes que contêm as informações vitais da companhia. A Visa, em sociedade com o Bradesco, criou há um ano e meio uma empresa para lidar com vales eletrônicos de alimentação e refeição, a Visa Vale. O modelo de negócios é todo baseado no uso de cartões inteligentes em vez dos antigos tíquetes de papel -- e a Visa Vale não tem nem sequer um departamento de tecnologia. A infra-estrutura e os serviços são contratados de dez fornecedores externos. Até mesmo