Piratas do vale do silício - crítica
Uma falha, mas intrigante estudo de personagem de dois dos indivíduos mais extraordinários da nossa era moderna tecnológica.
O filme é historicamente pouco fiel. Porém, trata de capturar a essência do quanto da computação moderna acabou se tornando: a ingenuidade da Xerox sobre o que seus próprios cientistas de computação estavam fazendo; a visão artística de Steve Jobs na Apple; e os cruéis métodos de negócio de Bill Gates na Microsoft. E você se fascinará em como estes homens chegaram onde estão hoje.
Este filme não é muito agradável, nem para Jobs ou Gates, enfatizando suas qualidades negativas. Steve Jobs é mostrado como um visionário, mas também como um explorador e alguém que se recusa a aceitar que é pai ilegítimo de uma menina.
Gates é retratado em um jeito ainda menos lisonjeiro – como um total sociopata que é dirigido a destruir todos aqueles que tentam fazer negócios com ele. Ainda, contanto que você reconheça que as retratações são inclinadas ao negativismo, você será recompensado para testemunhar a ação recíproca entre o famoso triângulo: Adele Goldberg (não é explicitamente mostrada no filme), a líder do time de pesquisa da Xerox; Steve Jobs, que depenou ela e incorporou aquelas tecnologias no novo Macintosh; e Bill Gates, que roubou Jobs e incorporou aquelas tecnologias no mais novo produto da Windows.
O filme sofre com várias imprecisões históricas. Eu acredito que pelo menos, algumas destas imprecisões foram intencionais – tenta simplificar demais o registro histórico para diminuir a duração do filme. Por exemplo, o filme faz aparecer a primeira tentativa da Apple com um computador de interface gráfica do usuário moderna – a Lisa – como um tremendo sucesso, quando na verdade, foi um fracasso comercial. Mas retratando como um sucesso simplificou a explicação do porque que Bill Gates ficou interessado em negociar com a Apple naquela época.
Enquanto o filme é