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Dona Inácia descarregava sua amargura na menina, e deleitava-se com isso, a ponto de seu rosto ganhar um brilho especial só em imaginar a aplicação de um castigo na criança.
Quando Dona Inácia recebe em sua fazenda, suas sobrinhas, vindas da capital para uma temporada de férias, ocorre uma reviravolta no cotidiano de Negrinha.
As meninas, com suas vestes elegantes. Eram alegres e agitadas e Negrinha pensou que seriam castigadas pelas balbúrdias, assim como ela era castigada se fizesse barulho. Não houve castigo, ficando claro para Negrinha a diferença que existia entre ela e aquelas meninas.
Estas, ao perceberem que Negrinha pode ser uma companhia de brincadeiras durante a temporada na fazenda oferecem-lhe uma boneca, e acham graça quando vêem que Negrinha nunca pegou nesse brinquedo.
No período de estadia das meninas na fazenda, Dona Inácia poupa Negrinha do rude tratamento habitual, vendo que suas sobrinhas tem com quem brincar.
Ao final das férias, Dona Inácia, mais serena, já não castigava a criança, mas algo se transformara para Negrinha, pois uma vez que pôde vislumbrar um outro tipo de vida, que teve a liberdade de exercer seu lado criança, brincando e sem medos dos castigos, depois da partida das meninas é tomada pela tristeza e pela melancolia, e definha, em seu canto até morrer, esquecida por todos.
Foi enterrada em um lugar comum. Na cidade grande as meninas riam e lembravam de Negrinha