6 2013 TRIANGULA O
Autoria: Carlos Eduardo Franco Azevedo, Leonel Gois Lima Oliveira, Rafael Kuramoto Gonzalez,
Márcio Moutinho Abdalla
Resumo:
O recorrente debate entre objetividade e subjetividade em ciências sociais, à segmentação de pesquisadores em qualitativistas e quantitativistas, associado à recorrente demanda de validação e acreditação de pesquisas, sobretudo qualitativas, fomentam preocupações que se direcionam à resulução desses dilemas. A triangulação surge como forma de amenizar problemas de credibilidade em pesquisas, ao adotar como estratégia de investigação, multiplas visadas e métodos de obtenção de informações. Dessa maneira, esse trabalho pretende organizar e sistematizar as principais questões e aspectos inerentes à triangulação, de forma a contribuir com sua aplicação, além de extender os achados aos estudos futuros sobre o assunto. 1
1. Introdução
A preocupação com o rigor metodológico e com a validade dos achados em pesquisas não é um debate recente nas ciências sociais. Segundo Ollaik e Ziller (2011) a concepção inicial de validade origina-se nos métodos quantitativos e visa melhor compreender se uma medida representa corretamente a proposta do estudo. Deste modo, verifica-se que as diferenças existentes entre pesquisas quantitativas (objetivo) e qualitativas (subjetivo) faz com que os pesquisadores adotem apenas uma delas para a realização de suas investigações.
(Teixeira, Nascimento, & Carrieri, 2012). A preferência por pesquisas quantitativas a pesquisas qualitativas é ocasionada pelo receio de alguns pesquisadores em perder o caráter de cientificidade do trabalho (Downey & Ireland, 1979).
Apesar da intenção de validar uma única verdade distanciar-se de alguns paradigmas epistêmicos (e.g. pós-modernismo), especialmente por estar mais próxima ao positivismo, diversas abordagens qualitativistas de pesquisas procuram construir pesquisas cada vez