5 Homem e cultura N1
UNIDADE
o trabalho e a atividade
humana por excelencia, pela qual 0 homem transforma 0 mundo e a si mesmo. Por isso, se num primeiro momenta a natureza se apresenta como destino 0 trabalhO ue surge como condi~ao de transcendencia e liberaaiJe, a nao ser nos sistemas onde persistem formas de explora~ao que levam aliena~ao.
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CAPITULO
1
ACULTURA
Na india, onde os casos de meninos-lob foram relativamente numerosos, descobriram-se, em 1920, duas crian(:as, Amala e Kamala, vivendo no meio de umafamilia de lobos. A primeira tin~e meio e veio a morrer um ana mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu ate 1929. iio tinham nada de h~
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Ii seu comportamentoera-exa amen e semelhante aquele de seus irmiios lobos. I
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as caminhavam e quatro patas apoiando-se sabre as joelhos e cotoVelos para as pequenos trajetos e sobre as miios e as pes para as trajetos long as e rdpidos.
Eram incapazes de permanecer de pe. S6 se alimentavam de came crua au padre, comiam e bebiam como as animais, lan(:ando a cabe(:a para a frente e lambendo os Uquidos. Na institui(:iio onde foram recolhidas, passavam a dia acabrunhadas e prostradas numa sombra; eram ativas e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca c orarall1.!JJiJ:!:!E:m.
Kamala viveu durante oito anos na institui(:iio que a acolheu, humanizando-se lentamente. Ela necessitau de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer s6 tinha um vocabuldrio de cinqiienta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos.
Ela chorou pela primeira vez pOI' ocasiiio da morte de Amala e se apegou lentamente as pessoas que cuidaram dela e as outras crian(:as com as quais conviveu.
A sua inteligencia permitiu-lhe comunicar-se com outros pOI' gestos, inicialmente, e depois pOI'palavras de um vocabuldrio rudimental', aprendendo a executar ordens