400 CONTA 1
A nova organização cria uma conduta de solidariedade entre os presos, algo inédito até então. Um grupo de presos resolve se unir para lutar por direitos e ideais coletivos.
A narrativa revela a divisão do presídio em bairros, fala dos jacarés (que dominavam o presídio) e da grade que dividia os presos políticos dos presos comuns.
Os presos políticos identificavam-se como “elitista”. Os outros se chamavam de "presos proletários".
William da Silva Lima, Professor, (interpretado por Daniel de Oliveira), um dos grandes articuladores do Comando Vermelho, vai parar no presídio de Ilha Grande, e passa a reivindicar, para ele e para seus companheiros, por regalias iguais às dos presos políticos.
O professor é quem articula as bases do Comando Vermelho, como a paz, não trazendo diferenças das ruas para a prisão; a justiça, olho por olho, dente por dente; e a liberdade, que era a fuga como o objetivo principal.
No desenrolar da trama, observam-se cenas de perseguições policiais, assaltos praticados com estilos clássicos, porém destaca das demais, a cena em que o Professor dá uma lição “programática” aos outros detentos, no meio de outra cena “quente” onde ele mostra muito bem, o verdadeiro discurso de “400 contra 1”, quando as conquistas consideradas como coletivas dos bandidos, são na verdade, vitórias pessoais, onde o que é vendido como filosofia, acaba sendo na verdade, só vaidade.
O crime organizado surge no sistema prisional como um fenômeno de proporções extremamente preocupantes. No longa podemos acompanhar o tratamento dos presos ,