2ª Época Medieval: Poesia e teatro
Poesia e Teatro
Gil Vincente
São Jose, 22 de outubro de 2014
Poesia Palaciana
A poesia palaciana, assim chamada porque surgiu dentro dos palácios, era feita por nobres e para a nobreza, acompanhados por música, geralmente
num tom monótono e repetitivo, A linguagem utilizada era de fácil compreensão e acessível a todos, retratando usos e costumes da corte.
Desenvolvida nos anos de 1400, ficou também conhecida como
poesia
quatrocentista. Ao
contrário da poesia trovadoresca que estava associada à música e era cantada ou bailada.
" Que meus olhos partays
em qual quer parte questeys,
DE
JOÃO
ROIZ
DE
CASTELO
BRANCO
em meu coraçam ficays e nele vos converteys.
Este é o vosso luguar.
Em que may eta vos vejo, por que nam quer meu desejo
que vos dy passays mudar. por isso que partays, em qual quer parte questeys em meu coraçam ficays,
pos nele se converteys. "
(Rui Barbosa)
O tema predominante era o lirismo sentimental, sutil e sofisticado, cantando a mulher como
um
ser
extremamente
idealizado. Quanto à forma, apresentava-se em versos de 7 sílabas (redondilha maior) e de 5 sílabas (redondilha menor). Havia ainda, o" debate", em versos, no qual dois poetas faziam poemas sobre um tema de natureza amorosa. A prosa historiográfica
A prosa historiografia desenvolvida nas
“crônicas de Fernão Lopes, reúnem duas virtudes de seu autor: a visão histórica e as
qualidades
estilísticas”.
Fernão
Lopes
reconstruiu a história dos reis de Portugal a partir de rigorosa pesquisa e interpretação documental, aliando
a
excelência
da
investigação à qualidade literária da prosa em que vazou suas crônicas.
Foi, simultaneamente, o primeiro historiador e
o primeiro bom prosador da língua. Há ações simultâneas, cortes abruptos na narrativa e digressões. Conseguem presentificar os fatos mais remotos através
de
diálogos
e