200 anos da morte de Aleijadinho
NOS 200 ANOS DA MORTE DE ALEIJADINHO, REMEMORA-SE A HISTÓRIA DO MESTRE DA ARTE BARROCA QUE É ENVOLTA DE MISTÉRIO, BELEZA, SOFRIMENTO, TALENTO E FÉ.
O barroco é um estilo artístico criado e produzido entre os séculos XVI e XVIII em toda a Europa. A manifestação mais intensa e profícua do barroco no Brasil aconteceu em Minas Gerais, no qual o estilo se apresenta de forma intensa, exuberante e densa. O maior conjunto arquitetônico do barroco no país está na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, fundada em 1711 e, é desse pequeno município, Patrimônio Mundial pela UNESCO, o maior artista do barroco mineiro e nacional, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, do qual se lembra em 2014 os 200 anos de sua morte.
Aleijadinho
Principal artista do barroco brasileiro, Aleijadinho tem uma história cercada de incertezas e mistérios. Mas, não há dúvida no reconhecimento de seu talento como escultor. Entre os anos de 1752 e 1810 Aleijadinho produziu mais de 35 obras de arquitetura e escultura em madeira e pedra-sabão, nas cidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Caeté, São João del Rei e Sabará. Em Caeté, no Santuário Nossa Senhora da Piedade, uma das sete maravilhas da Estrada Real (caminho que levava o ouro extraído em Minas Gerais para o Rio de Janeiro), está uma de suas mais belas esculturas, a Pietá. O cantor e compositor Milton Nascimento colocou esta escultura de Aleijainho na capa de seu disco Pietá. Sua primeira biografia, Traços Biográficos Relativos ao Finado Antônio Francisco Lisboa, Distinto Escultor Mineiro, Mais Conhecido Pelo Apelido de Aleijadinho, escrita 44 anos após a sua morte pelo oficial maior da Secretaria do Governo da Província, Rodrigo José Ferreira Bretas (1815-1866), afirma que o artista nasceu em 1730, e morreu em 1814, em Vila Rica. Era pardo e filho bastardo do arquiteto e mestre de obras Manoel Francisco Lisboa. Aos 40 anos começou a apresentar sintomas de uma doença