Aleijadinho
A transição ocorreu na construção da Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto, iniciada em 1766 pelo pai de Aleijadinho e concluída pelo filho. Era o marco inaugural do barroco mineiro, com soluções técnicas e estéticas originais, que dominaria a cena até o neoclassicismo trazido pela missão francesa de 1816.
Aleijadinho nasceu - em 1730 ou 1738 - em Vila Rica, filho de um português com uma escrava. Manuel Francisco Lisboa, o pai, tinha conhecimentos de arquitetura e ornamentou algumas igrejas mineiras. Foi com ele que o pequeno Antônio despertou para a profissão, antes de estudar com construtores e artífices. Nessa época, não havia muita diferença entre entalhadores, arquitetos, pedreiros e escultores.
Quase tudo o que se sabe sobre a vida de Aleijadinho vem de uma memória escrita em 1790, pelo segundo vereador de Mariana, o capitão Joaquim José da Silva, e da biografia escrita por Rodrigo José Ferreira Bretãs, publicada em 1858. Ultimamente, sua vida e obra têm despertado o interesse de estudiosos dentro e fora do país, embora permaneçam ainda muitos pontos controvertidos.
Uma grave doença o acometeu aos 39 anos de idade que lhe daria o apelido e uma grande amargura pelo resto da vida. Até hoje indefinida, a enfermidade deformou seu rosto e lhe provocou a perda dos dedos das mãos e dos pés, além de dores terríveis.A consciência que tinha Antônio Francisco da desagradável impressão que causava sua fisionomia o tornava intolerante, e mesmo irodo para com os que lhe parecia que olhavam-no de