2 Introdu o
No Brasil, a preocupação com o conforto térmico no requisito aquecimento é recente, pois ventiladores e condicionadores de ar são indispensáveis nas residências brasileiras. Afinal, o calor impera durante quase o ano todo. Mas, principalmente no sul e no sudeste, ocorrem longos períodos de baixa temperatura. E não adianta procurar aconchego contra o frio dentro de casa, pois grande parte das residências dessas regiões é construída sem sistema de aquecimento. A preocupação começou a ser levada em conta pela construção civil a partir de 2005, quando entrou em vigor a norma NBR 15220 Desempenho térmico de edificações, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Dividida em cinco partes, ela conduziu o setor a desenvolver pesquisas sobre materiais adequados para cada tipo de clima e, sobretudo, adaptar os projetos a conceitos como fator de calor solar, ventilação cruzada e resistência térmica. Boa parte destas novas estratégias construtivas foi desenvolvida dentro das universidades brasileiras, têm sido decisivos para que o país agregue conforto térmico às edificações. Uma das etapas mais importantes foi realizar estudos de materiais convencionais e novos materiais, desenvolvidos por empresas ou pelos próprios pesquisadores.
Uma das conclusões dos estudos desenvolvidos é de que um bom nível de conforto térmico não pode levar em conta apenas sistemas construtivos ou o microclima de uma região. São combinações de fatores que vão determinar se a edificação foi bem ou mal sucedida no item conforto térmico. A situação ideal é aquela em que a combinação das características do meio e dos materiais resulte em conforto térmico e baixo consumo de energia. O conforto térmico não tem só a ver com o clima. Tem a ver também com a ocupação da edificação no terreno. Por isso, a fase de projeto da obra é decisiva. Inclusive, para que a busca do conforto térmico não encareça a construção. Nesta hora, os três mandamentos básicos são: posicionar a casa