12 homens e 1 sentença
O filme Doze homens e uma sentença do diretor estadounidense William
Friedkin, de 1997, retrata uma reunião onde doze jurados devem decidir, por unanimidade, se um rapaz de dezoito anos é culpado ou não do assassinato de seu pai.
A história toda se passa em uma sala fechada e quente onde um júri formado por doze cidadãos comuns deveriam decidir, depois de três dias de julgamento, baseados em provas e testemunhos, o futuro de um jovem, que poderia chegar a receber a pena de morte.
No início da reunião, apenas um jurado não considera o rapaz culpado porque, segundo ele, não se existe uma certeza absoluta, não se deve decidir com frieza sobre a vida de um indivíduo. Para isso, ele considera aspectos da vida pessoal do acusado: experiências de vida que o tornariam uma pessoa raivosa e assassina em potencial, e insiste no ponto de que a tendência a um comportamento, não significa necessariamente a execução deste.
Ao longo da discussão, o jurado numero 8 contesta depoimentos e evidências que não podem ser provadas, mas que geram dúvidas cruciais. A incapacidade de o vizinho ter corrido até a porta em apenas 15 segundos, tendo em vista sua idade avançada e a dificuldade de locomoção causada por um derrame; a vizinha da frente, que afirmava ter visto o ocorrido, era tida como uma testemunha crucial, mas ao analisarem seus comportamentos, concluíram que ela estava provavelmente sem os óculos no momento, tornando seu depoimento duvidável; o tipo de faca utilizada não era condizente com o modo em que o esfaqueamento aconteceu, segundo a perícia. Isso fez com que os outros jurados, aos poucos, também ficassem com dúvidas mudando suas decisões para não-culpado.
O artigo XI da Declaração Universal dos Direitos Humanos garante que qualquer acusado deve ser considerado inocente até que se prove ser culpado.
É a partir daí que se dá a discussão do filme: há uma dúvida; o que parecia ser