10 Artigo Sobre Displasia Coxofemoral 1
A displasia coxofemoral é uma anormalidade do desenvolvimento ou crescimento da articulação coxofemoral, caracterizada por instabilidade, arrasamento do acetábulo e alterações na cabeça e colo do fêmur, as quais se desenvolveram ao longo do primeiro ano de vida, conduzindo a fenômenos de deficiência funcional ao final de um período variável.
A displasia é uma síndrome bastante observada em cães, e de importância questionável em gatos. Ela ocorre com mais freqüência em raças de maior porte e de crescimento rápido. Embora a displasia coxofemoral tenha sido assinalada em raças pequenas e em gatos, suas articulações coxofemorais instáveis não produzem as mesmas alterações ósseas comparadas aos cães mais pesados.
A etiologia é de origem genética, multifatorial e poligênica, e pode ser influenciada por inúmeras variáveis entre elas fatores nutricionais, de biomecânica, de criação etc.
A patofisiologia inicia-se com o desenvolvimento de uma subluxação da articulação coxal e de níveis de instabilidade articular, que progridem acarretando uma série de alterações anatômico funcionais nas estruturas ósseas que compõem a articulação. Em casos mais avançados ocorre a formação da doença articular degenerativa secundária.
Clinicamente o cão apresenta claudicação, redução da atividade associada a uma notável sensibilidade nos membros pélvicos, alteração no andar, correr, subir escadas, sinais estes que podem ser exacerbados após exercícios vigorosos ou traumas relativamente pequenos. O cão prefere sentar-se em vez de posicionar-se em estação e levanta-se lentamente com grande dificuldade. Também podemos observar protrusão do(s) trocânter(es) maior(es) em indivíduos com
articulações luxadas ou subluxadas, crepitação na articulação coxal e sinal de Ortolani positivo. O grau de displasia coxofemoral de um animal não tem relação com os sintomas clínicos exibidos por este. Um cão displásico pode ser assintomático ou não.
O diagnóstico é baseado na anamnese