0 sujeito e a norma
No entanto, todo otimismo que caracteriza a segunda metade do século XVIII acoberta um emaranhado de problemas que acabarão por manifestar a inteireza da densidade do drama burguês. De certo modo, toda questão pode ser reduzida a um dado novo que constitui a alma do contrato na sua acepção burguesa, o ateísmo. O ateísmo ainda que latente e o individualismo se pressupõem, digamos que o problema de um está no outro. E é exatamente esse problema que não existia na Idade Média, o individuo alem de não sobressair como realidade autônoma, estava religado a partir da presença do divino, a religião era o grande fator de unificação desindividualizante. A questão nem é simplesmente moral, ela abraça o todo do próprio sentido da nova sociedade e apresenta por isso um caráter ontológico, em vez de egoísmo, seria mais condizente empregar a palavra egotismo, a exemplo de Geoge Santayana.
Através desse importante movimento o nominalismo começa a tomar forma já em fins da Idade Média. Na tradição instaurada pela metafísica grega empresta-se relevo ao mundo das essências, e isso em detrimento da existência concreta do individuo duo. A realidade no sentido primeiro e forte da palavra, concentra-se nas essências, nas Ideias