As concepções de relativismo

último é uma ideologia baseada em pressupostos pseudocientíficos com origem histórica e não possui caráter universal, enquanto o etnocentrismo é característica de diversas sociedades, tanto “primitivas” quanto “modernas”. Pierre Jean Simon, autor citado na obra de Cuche, afirma que certo grau de etnocentrismo é necessário para a sobrevivência de qualquer coletividade étnica, sendo a chave para a compreensão verídica de outras culturas. Nesta mesma obra, o autor ressalta que mesmo no caso das culturas dominadas, uma cultura sempre funciona como uma cultura e que nenhuma delas jamais será completamente autônoma e nem completamente dominada, sendo imprescindível aceitar a interdependência. No âmbito jurídico, em “Antropologia Jurídica”, Kumpell discorre sobre o modelo teórico denominado positivismo jurídico, cujas teses negligenciam as contribuições da antropologia e de outras áreas do conhecimento para o Direito. Essa doutrina busca reduzir a complexidade do objeto do Direito, afastando as disciplinas intrusas, de ordem epistemológica e axiológica. Não é papel do Direito julgar o “certo” e “errado”, apenas o lícito e o ilícito, não gerando espaço para o estudo da realidade como fenômeno social. Entretanto, na contemporaneidade, o debate sobre temas como a união homossexual, a demarcação de terras dos índios e a imigração ilegal exigem a discussão do conceito de cultura e da utilização do princípio de alteridade por parte dos operadores do Direito. Já na mídia…