Roger Chartier A Beira Da Falésia

p. 14) O historiador Roger Chartier usa das palavras de Michel de Certeau para falar a respeito da prática historiográfica, enfatizando que: ela [a História] é uma prática científica, produtora de conhecimentos, mas uma prática cujas mentalidades dependem das variações de seus procedimentos técnicos, dos constrangimentos que lhe impõe o lugar social e a instituição de saber onde ela é exercida, ou ainda das regras que necessariamente comandam sua escrita. (CHARTIER 1994. p.…

A história ou a leitura do tempo A historia ou a leitura do tempo_050509_FINALGRAFICA.indd 1 2009-05-05 17:25 A historia ou a leitura do tempo_050509_FINALGRAFICA.indd 2 2009-05-05 17:25 Roger Chartier A história ou a leitura do tempo Tradução Cristina Antunes A historia ou a leitura do tempo_050509_FINALGRAFICA.indd 3 2009-05-05 17:25 Copyright © 2007, Editorial Gedisa, S.A TíTulo oriGinAl La historia o la lectura del tiempo ProjETo GráfiCo dA…

pretende reconstruir, a partir de uma situação particular, normal porque excepcional, a maneira como os indivíduos produzem o mundo social, por meio de suas alianças e confrontos, através das dependências que os ligam ou dos conflitos que os opõem. (CHARTIER, 2002, p. 95) Para o estudo da região do Araguaia, vale-se de muitos relatos de viajantes e relatórios de presidentes de províncias. A partir desses escritos, os dados são levantados sobre os vários presídios erguidos na região no…

Roberto Velloso; MOREIRA, Maria Eunice. Questões de crítica e historiografia literária. Porto Alegre: Nova Prova, 2006. CARPEAUX, Otto Maria. Introdução. In: ___. História da literatura ocidental. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. v.1. CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre certezas e inquietudes. Tradução de Patricia Chittoni Ramos. Porto Alegre; Ed. Universidade/UFRGS, 2002. COELHO, Jacinto do Prado. Problemática da história literária. Lisboa: Ática, 1961. COMPAGNON,…

para conhecer a história social, o processo de hierarquização da própria estrutura social e as lutas de representações. Para isso, nos remetemos a Roger Chartier que diz “... a representação é o instrumento de um conhecimento mediato que revela um objeto ausente, substituindo-o por uma imagem capaz de trazê-lo a memória e pintá-lo, tal como é”. (CHARTIER, 2002, p. 74). E a Matos (2000), que diz que “baseadas nas diferenças hierárquicas que distinguem os sexos, e são, portanto, uma forma…

Cevasco, Maria Elisa. Dez lições sobre estudos culturais. São Paulo. Ed. Boitempo, 2003. Cevasco, Maria Elisa. Para ler Raymond Williams. São Paulo. Paz e Terra, 2001. Chartier, Roger (org.) Práticas de leitura. São Paulo. Estação liberdade, 1996. Chartier, Roger. Figuras retóricas e representações históricas. In: À beira da falésia: a história entre certezas e inquietudes. Porto Alegre. Ed. UFRGS, 2002. Cunha, Maria Tereza Santos. Armadilhas da sedução: os romances de M. Delly. Belo…

passado (CHARTIER, 2002), pois o ideal de realidade na história não era mais convincente nos trabalhos de economia e sociedade que acreditavam revelar-lhe através de documentos submetidos à crítica. As representações seriam então nesse momento de crise uma válvula de escape, pois com as representações a história lidaria com o que os homens pensam e como pensam, ou seja, com o próprio imaginário. Surge então conceito de representação nos debates dos anos 80. O historiador francês…

modelos de escrita da História. Todo projeto de análise crítica e histórica em Foucault, segundo CHARTIER (2002, p.125), está baseado na “recusa explicita” dos conceitos classicamente manipulados pela “História Tradicional das Idéias”. Foucault defende a idéia de uma “História Efetiva”, esta deveria se encarregar de “fazer ressurgir o acontecimento no que ele pode ter de agudo e único”. 5 Para CHARTIER (2002, p.126), há um preço a pagar ao historiador que busca “contornar” a…

da arca em dia de festa. O aumento do consumo da capulana fez com que os moçambicanos traduzissem a estamparia de acordo com sua cultura, incorporando como um objeto cotidiano que, com o tempo, tornou-se uma um elemento de representação. Para Chartier (2002), as representações são forjadas para afirmar uma identidade, garantindo independência daquilo que sempre esteve vinculado mesmo que sofram possíveis variações e manipulações da forma, fugindo dos padrões e dos modelos impostos. No caso da

baseado no projeto de pesquisa denominado: As culturas afro-brasileira e indígenas na sala de aula: dilemas e perspectivas para implantação de uma educação anti-racista, em que teoricamente nos embasamos nos estudos desenvolvidos por Cuche (2002), Chartier (2002), Cavalleiro (2001), Freire(20002), Lino Gomes (2007) e Munanga (2009), para fundamentar nosso trabalho. Como abordagem metodológica, nos encaminhamos a partir da perspectiva da história oral temática, através dos…