PAPER – MICRO HISTÓRIA E HISTÓRIA REGIONAL: ESTUDANDO O QUOTIDIANO DOS PRESÍDIOS DO ARAGUAIA
1355 palavras
6 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSCAMPUS PORTO NACIONAL
PAPER – MICRO HISTÓRIA E HISTÓRIA REGIONAL: ESTUDANDO O QUOTIDIANO DOS PRESÍDIOS DO ARAGUAIA
Ana Luísa Santos*1
A partir dos anos 70, a nova corrente historiográfica chamada Micro História começou a modificar o ponto de vista pelo qual o historiador observa a História. Alterando assim a escala de observação e suas aplicações. Com o uso da Micro História, pode-se estudar mais detalhadamente as partes que compõem a História tradicionalista. Em outras palavras, a partir dessa ferramenta detalhes outrora deixados de lado, são analisados e levados em consideração na construção do conhecimento. Este, que virá integrar um eixo temático mais amplo, tendo a função de completa-lo mais intimamente. Por exemplo, quando estuda-se a 2ª Guerra Mundial, nem sempre o ponto pelo qual é feita a análise caberá toda a história apresentada durante a ocorrência. Quando as fontes são modificadas, novas análises surgem inclusive a visão de algum soldado que deixou escritos durante sua participação na guerra, trazendo assim um novo viés para qual se observar. É justamente pela mudança de escala que esse tipo de detalhamento histórico é permitindo, fechando assim determinadas lacunas abertas há algum tempo em questionamentos iniciados sem precedentes.
Em Cerutti2, temos na microanálise uma análise processual, onde os protagonistas são os próprios indivíduos que passam despercebidos na História Tradicional, por não terem uma posição de destaque dentro do cenário visto como Todo, resgatando sua vivência dentro do campo social. E como o Todo é constituído pelas Partes, cabe então para a micro história unificar todos os resultados, dando um sentido globalizado, encaixando-se em História no seu sentido natural do fazer História.
Neste campo da Micro História, destaca-se Giovanni Levi3 afirmando que é por meio de diferenças mínimas nos comportamentos cotidianos que são construídas a complexidade social, as diferenciações