interpretação de poema de Fernando Pessoa ortónimo - "Sei que nunca terei o que procuro"

Poema de Fernando Pessoa ortónimo. Sei que nunca terei o que procuro E que nem sei buscar o que desejo, Mas busco, insciente, no silêncio escuro E pasmo do que sei que não almejo. O tema principal é a incapacidade de atingir os nossos sonhos e desejos na vida real. O sujeito poético idealiza a realidade, mas não possui a capacidade para concretizar essa idealização. Por outro lado, o sujeito poético sonha demasiado alto e, por isso, o que sonha é impossível de alcançar do seu ponto de vista. Esta impossibilidade, marca de maneira decisiva a sua atitude e forma de encarar a vida. Racionalmente aceita o seu destino, no entanto, inconscientemente continua a procurar o que deseja. E, nessa procura, apercebe-se do que não quer na sua vida, ficando surpreendido com o que descobre. Neste poema, observa-se uma análise racional e fria do comportamento do eu lírico, aborda-se a angústia e tristeza de viver pelo uso da negação e do adjetivo de caracter negativo “escuro”, mas de uma forma intelectual, ou seja, sem ser assumido qualquer sentimento. O poema é de caracter pessoal, ou seja, as afirmações são de acordo com o sujeito poético, e não universais. Em relação à estrutura formal, o poema é constituído apenas por uma quadra e a rima é cruzada. O recurso estilístico mais evidente é a antítese entre o que o eu lírico deseja e o que não deseja, entre a realidade e o sonho e entre a consciência e a inconsciência, no entanto, também é possível identificar…

Análise do Poema Gato que brincas na rua Como se fosse na cama, Invejo a sorte que é tua Porque nem sorte se chama. Bom servo das leis fatais Que regem pedras e gentes, Que tens instintos gerais E sentes só o que sentes. És feliz porque és assim, Todo o nada que és é teu. Eu vejo-me e estou sem mim, Conheço-me e não sou eu. Análise por estrofe Na primeira estrofe: - O sujeito poético inveja a sorte do gato; a sorte de ser inconsciente e de poder ser feliz. …

Formal do poema “Não sei quantas almas tenho” Este poema chamado “Não sei quantas almas tenho” é um ortónimo de Fernando pessoa. De seguida irei fazer a análise formal do poema a nível estrófico, métrico e rimático. Para começar, quanto ao nível estrófico podemos concluir que este poema é constituído por 24 versos distribuído por 3 oitavas (estrofe com 8 versos). Ao nível rimático pode verificar que é um poema regular em todas as estrofes porque as oitavas têm rima…

Grupo I - analise formal e sementiva de um poema (nº de estrofes, classifica quanto ao nº de versos, esquema rimático, tipo de rima) - ficha formativa. - identificar figuras de estilo (pag. 228 a pag 230) - comparação, personificação, metáfora, hipérbole) - conhecer as características da poesia de Fernando pessoa ortónimo e heterónimo. Grupo II - Funções sintáticas, sinónimos e antónimos, campo lexical, exercício de pontuação. Índice 2 Empregada de…

A poesia de Fernando Pessoa Ortónimo aborda temas como o cepticismo e o idealismo, a dor de pensar, a obsessão da análise da lucidez, o eu fragmentário, a melancolia, o tédio, a angústia existencial , a inquietação perante o enigma indecifrável do mundo, a nostalgia do mundo maravilhoso da infância. O Fingimento poético é inerente a toda a composição poética do Ortónimo e surge como uma nova concepção de arte. A poesia de Pessoa é fruto de uma despersonalização, os poemas…

Alberto Caeiro na óptica de Álvaro de Campos, Ricardo Reis e do próprio Pessoa Ortónimo Mover-se pela sua vastíssima obra torna-se, portanto, semelhante a perder-se por entre os seus poemas, entranhar-se por entre os seus caminhos desconhecidos, isto porque Fernando Pessoa não é de fácil acesso, ele suscita ao leitor uma visualização de representações, de imagens, como se o leitor tivesse, através da sua leitura e dos seus diversos heterónimos e semi-heterónimos, a ideia de penetrar…

Principais Motivos Temáticos na Poesia de Fernando Pessoa Ortónimo A DOR DE PENSAR A dor de pensar é uma temática abordada em poemas como “Ela canta, pobre ceifeira” e “Gato que brincas na rua”. O sujeito poético sente-se condenado a ser lúcido, isto é, a ter de pensar. Muitas vezes, como forma de fugir à dor, deseja não possuir capacidades racionais, pelo que sente uma inveja da inconsciência da “ceifeira” e do instinto do “gato”. Na sua opinião, a inconsciência acarreta consigo a…

Fernando Pessoa ortónimo Fernando Pessoa ortónimo considera que o acto criativo só é possível pela conciliação das oposições entre realidades objectivas (físicas ou psíquicas) e realidades mentalmente construí­das (artísticas, incluindo as literárias). Daí a necessidade de intelectualizar o que sente ou pensa, reelaborando essa realidade graças à imaginação criadora. A unidade dos opostos sinceridade/fingimento não é mais do que a concretização do processo criativo, que é vital para o…

Poesia Pessoana No ortónimo há poemas mais tradicionais com influência da lírica de Garrett ou de sebastianismo e do saudosismo; mas a maior parte abre caminho a experimentações modernistas com a procura de intelectualização das sensações e dos sentimentos. A poesia ortonímica apresenta suavidade rítmica e musical, em versos geralmente curtos. Na poesia pessoana, é constante, também, o conflito entre o pensar e sentir, que em boa parte revela a dificuldade em conciliar o que…

FERNANDO PESSOA Fernando Pessoa e um poeta portugues que, ao fazer uso de heteronimos independentes (Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Alvaro de Campos) para construir suas ideias no ambito literario, tornou-se o grande nome do movimento modernista em Portugal no inicio do seculo XX. Neste trabalho serao postos sob analise o poema ''Nao sei quantas almas tenho'', de Fernando Pessoa (ortonimo), e o poema XXIV de ''O Guardador de Rebanhos'', de Alberto Caeiro, de modo a identificar as…