Pode Um Subalterno Falar

retratou o homem comum, vivendo uma vida comum. O herói clássico, épico e a grande tragédia já não representavam mais esse mundo novo. Não necessariamente retratar o homem comum é retratar o pobre, o miserável, a vida na periferia. A literatura menor pode tratar do simples, do discreto, da vida corriqueira, independente da condição social. Personagens como Felicité (Um coração simples, de Flaubert) e prima Biela (Uma vida em segredo, de Autran Dourado) fazem parte de um cotidiano…

quantidade), mas sempre no papel de minorias sociais. Sempre à sobre de seus senhores. Spivak (1988) pergunta se “Pode o subalterno¹ falar?”. Pode, também, o subalterno ter oportunidades? Pode o negro deixar sua condição histórica? Pode esse sofrer intervenção em sua realidade por parte do estado a fim de desconstruir a realidade discriminante? ______________________ ¹Subalterno é aquele que pertence “às camadas mais baixas da sociedade constituídas pelos modos específicos de…

A categoria classes e grupos subalternos de Antonio Gramsci e sua teorização pelo Serviço Social Brasileiro Dr. Alex Fabiano de Toledo Dra. Maria Carmelita Yazbek - Intencionalidades: • Compreender a origem e o desenvolvimento da categoria classes e grupos subalternos no pensamento de Antonio Gramsci. • Contribuir para o conhecimento crítico do Serviço Social; • Avançar nas discussões sobre a superação da subalternidade relacionada ao Projeto Ético Político do Serviço Social…

56) 2. AS POLÍTICAS DE RECONHECIMENTO E OS DISPOSITIVOS DE SIMULAÇÃO DAS POLÍTICAS DE RACISMO NOS MUSEUS “Há uma zona de não-ser, uma região extraordinariamente estéril e árida, uma rampa essencialmente despojada, onde um autêntico ressurgimento pode acontecer. A maioria dos negros não desfruta do benefício de realizar esta descida aos verdadeiros Infernos”. …

teórica indiana Gayatri Chakravorty Spivak, no artigo Pode o subalterno falar? (2010), demonstra ceticismo quanto à possibilidade de efetivação da fala de grupos e indivíduos verdadeiramente subalternos, em especial, de grupos femininos. Diante das práticas e estratégias coloniais e ações homogeneizantes da sociedade capitalista, Spivak afirma que “não existe um espaço de onde o sujeito subalterno possa falar [...] O sujeito subalterno feminino não pode ser ouvido ou lido”(SPIVAK, 1990,…

hibridismo cultural. A pala-vra sujeito aqui, neste texto, tem o significado de grupo ou comu-nidade Essencialismo O essencialismo na ideologia nacionalista, formulado na descolonização, é visto como um fenômeno distorcido que pode recair na experiência nativista. Esta pode reforçar a divisão hierárquica, mesmo que favorável ao colonizado. Esse fenômeno induziu inúmeras formulações míticas e demagógicas sobre um passado nativo que permaneceu distante da experiência real. Said reavalia…

exemplo, é necessário fazer um estudo aprofundado sobre o mesmo – considerar todos os aspectos e daí extrair os que são mais relevantes para o definir. A produção de uma etnografia é uma forma de representar um grupo social. No entanto, esta nunca pode ser completamente fiel à realidade, pois depende daquele que a produz que é, inevitavelmente, influenciado pelo meio social de que provém, entre outros aspectos. A exemplo, a própria disciplina de História lecionada nas escolas representa…

26/06/13 18:20 90 Luciana Ballestrin deste artigo aparece como precursor para o desenvolvimento do argumento pós-colonial que é radicalizado pelo M/C. Posteriormente, apresenta-se a constituição do grupo, a partir de seu rompimento com os estudos subalternos latino-americanos, bem como alguns conceitos centrais criados e compartilhados pelos seus principais expoentes. Ao introduzir essa discussão, o artigo sugere que a identificação e a superação da colonialidade do poder, do saber e…

marginal Jéssica Balbino pesquisadora/ mestranda Labjor/IEL Unicamp – Campinas (SP) Arte e cultura da América Latina jessicabalbino.jornalista@gmail.com RESUMO O trabalho mostra como escritoras marginais rompem com a máxima “Pode o Subalterno Falar?” e inovam no jeito de narrar, reportar e contar a própria história. São analisados grupos de mulheres que frequentam saraus na última década, especialmente na cidade de São Paulo (SP) e em grandes centros como a região metropolitana de

sindicalismo teórico é especialmente evidente na Italia, onde a administração de sindicalistas é notável. O significado dessas duas tendências é diverso: a primeira é própria de um grupo social dominante e dirigente; a segunda de um grupo ainda subalterno,que ainda na adquiriu consciência de sua força, de suas possibilidade e modos de desenvolvimento, e por isso não consegue sair da fase do primitivismo. Já o liberalismo que vem de uma classe dominante, tem o intuito de modificar a maneira como