não sei quantas almas tenho

Análise do poema “Não sei quantas almas tenho” de Fernando Pessoa O poema em análise é um poema reflexivo por parte do sujeito lírico, este reflecte sobre a sua multiplicidade interior e o seu desconhecimento interior. Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, … Na primeira estrofe, os primeiros 4 versos funcionam como introdução ao tema a desenvolver; nos restantes versos da estrofe dá-se o início do desenvolvimento desse mesmo tema. Nos primeiros versos, o sujeito lírico faz referência a uma instabilidade na vida (verso 2 e 3), que é resultado de uma constante troca entre ortónimo e heterónimos. Por tantas vezes se expressar por outras vozes, o sujeito já nem se reconhece, parece-lhe que foi outro(s) que viveu a sua vida. No quinto verso, o sujeito lírico expressa que não sente ter vida, só alma, ou seja, toda a sua vida foi pensada e racionalizada não dando espaço para emoções genuínas e puras. Como tal, tudo o que sente está na sua alma, e parece qua nada sente no corpo. Esta divisão Corpo/Alma é essencial neste poema (e na obra do autor) pois é aí que se encontra o centro das suas lamentações e reflexões. Mas o sujeito lírico reconhece e lamenta as desvantagens desta extrema racionalização: “Quem tem alma não tem calma.”, isto é, quem pensa não tem paz, tornando-se inconciliável pensar…

Analise do Poema “Não sei quantas almas tenho” No poema “Não sei quantas almas tenho” o poeta reflete acerca de si próprio, tentando responder à questão “Quem sou eu?”. Na primeira estrofe há uma alternância temporal presente/passado aliada ao advérbio de modo “continuamente”, que expressa a constante fragmentação sentida pelo sujeito poético, ontem, hoje, sempre. O poeta passa da primeira para a terceira pessoa nos três últimos versos da primeira estrofe, quando usa a…

Não sei quantas almas tenho Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que eu sou e vejo. Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo…

jjjjjNão sei quantas almas tenho - Fernando Pessoa (Análise ... www.trabalhosfeitos.com/.../Não-Sei-Quantas-Almas-Tenho/30663644.h... Classificação: 4,5 - ‎1 voto Não perca a chance de conseguir melhores notas e ser um escritor melhor! ... No poema “Não sei quantas almas tenho” o poeta reflete acerca de si próprio ... Fernando Pessoa: Poema - Não sei quantas almas tenho fernando-pessoa-12m.blogspot.com/.../poema-no-sei-quantas-almas-tenh... 06/11/2008 - No poema “Não sei quantas…

Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma, quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, quem sente não é quem é. Atento ao que sou e vejo, torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo é do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, assisto à minha passagem, diverso, móbil e só, não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, o…

Não sei quantas almas tenho Poesia de Fernando pessoa Trabalho realizado por: Diogo Dias Não sei quantas almas tenho Não sei quantas almas tenho. Atento ao que eu sou e vejo, Por isso, alheio, vou lendo Cada momento mudei. Torno-me eles e não eu. Como páginas, meu ser. Continuamente me estranho. Cada meu sonho ou desejo O que segue prevendo, Nunca me vi nem achei. É do que nasce e não meu. O que passou a esquecer. De tanto ser, só tenho alma. Noto à margem do que li Sou minha…

Analise Formal do poema “Não sei quantas almas tenho” Este poema chamado “Não sei quantas almas tenho” é um ortónimo de Fernando pessoa. De seguida irei fazer a análise formal do poema a nível estrófico, métrico e rimático. Para começar, quanto ao nível estrófico podemos concluir que este poema é constituído por 24 versos distribuído por 3 oitavas (estrofe com 8 versos). Ao nível rimático pode verificar que é um poema regular em todas as estrofes porque as oitavas têm…

Não sei quantas almas tenho Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo…

Fernando Pessoa Não sei quantas almas tenho Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio,…

“eu” A fragmentação do “eu” de Fernando Pessoa resulta da constante procura de resposta para o enigma do ser. Pessoa vê-se confrontado com a sua pluralidade, ou seja, com diferentes “eus”, sem saber quem é nem se realmente existe, observado em “Não sei quantas almas tenho” . É através da fragmentação em múltiplas personalidades que Pessoa tenta encontrar-se e à unidade que tanto procura, de modo a conseguir estabelecer um equilíbrio entre o sentir e o pensar. A tendência constante…