Nicos Poulantzas

bem futuro”. * John Locke (1694), partindo da interpretação subjetivista “o fogo tem o poder de fundir metais, do mesmo modo que o soberano tem o poder de fazer as leis e, fazendo as leis, de influir sobre a conduta dos súditos”. * Nicos Poulantzas, a partir de Marx e Lênin, e da teoria da luta de classes, chama de poder “a capacidade de uma classe social de realizar os seus interesses objetivos específicos”. É uma definição corrente entre os adeptos da teoria política marxista.

legitimar a construção desse significado jurídico que mascaram a realidade é o objetivo desse breve trabalho. Em um panorama geral, analisaremos quais são os sentidos da ideologia jurídica apresentados por Engels e Kautsky, Stucka, Pasukanis e Poulantzas a partir da problemática gramsciana em suas principais obras. Tendo em vista que não se trata de esgotar qualquer análise sobre tal temática (e muito menos sobre qualquer autor), procuramos entender como os textos clássicos se aproximam…

espaço de exploração capitalista, confirmando, assim, o interesse do Estado pelo seu desenvolvimento. Quanto às funções econômicas do Estado, Nicos Poulantzas afirma que “o Estado [...] deve continuar a tomar resoluções absolutamente essenciais então para a reprodução do capital, mesmo quando isso cria graves problemas para sua hegemonia.” (Poulantzas apud Gonçalves Neto, 1997, p.118). No entanto, sua atuação deve aparentar uma falsa neutralidade, para que suas decisões sejam…

ALTHUSSER, Luis. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Lisboa: Centelha, 2000.  BOBBIO, Norberto. Teoria do Ordenamento jurídico. Brasilia: Universidade de Brasilia, 2002.  MARX, Karl. O Capital. São Paulo:Civilização Brasileira, 2002.  POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder e o socialismo. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.  QUILICI GONZALEZ, Everaldo Tadeu. Estudos de Filosofia e História do Direito. 1. ed. Rio Claro – SP: Obra prima, 2005, p. 11 a 37.  STOYANOVITCH,…

na medida em que continuou a ter um papel decisivo não apenas na garantia estável dos direitos de propriedade, mas também na distribuição do excedente econômico. Provavelmente por essa razão, o mais notável analista contemporâneo do Estado, Nicos Poulantzas, apesar de suas convicções marxistas, não hesitou em afirmar que as políticas do Estado deixaram de refletir simplesmente os interesses dos poderosos para se tornarem o resultado da condensação das lutas de classes. Estado e…

contemporânea tentaram superar este dilema. Os autores foram classificados em duas tradições da teoria política contemporânea: o elitismo, que tem em Weber um dos seus fundadores na teoria democrática; e o participativismo, através de autores como Nicos Poulantzas, Carole Pateman e C.B. Macpherson. 3. 1 - O elitismo competitivo e a visão tecnocrata da democracia9 Weber seguido depois de Schumpeter vai inaugurar a tradição denominada “elistismo democrático” ou também “teoria empírica da…

deste trabalho: apresentar as características principais do positivismo jurídico, demonstrar algumas das críticas que sofreu de um modo geral no Brasil para, finalmente, focar uma forma específica de crítica, que é lastreada no pensamento de Poulantzas e Thompson, em que o direito é visto como um espaço de luta, ou seja, pode ser utilizado como mecanismo de dominação em alguns momentos e, de outra forma, pode também ser instrumento de libertação e emancipação. o elemento…

.............................................................63 Capítulo 3. Gramsci e o Estado ............................................................................................89 Capítulo 4. O Estruturalismo e o Estado: Althusser e Poulantzas ......................................119 Capítulo 5. O Debate Alemão ............................................................................................165 Capítulo 6. Estado, Democracia e Transição ao Socialismo ...................

função da corrente de pensamento abraçada pelos diferentes autores. A fim de exemplificar a complexidade de que se reveste o conceito, são referidos, a seguir, alguns posicionamentos que inspiraram toda uma série de teorias em ciência política. Nicos Poulantzas, a partir de Marx e Lênin, e da teoria da luta de classes, chama de poder “a capacidade de uma classe social de realizar os seus interesses objetivos específicos”. É uma definição corrente entre os adeptos da teoria política…

não necessita de uma resolução mecânica com relação aos interesses econômicos. De acordo com ele, foi com a análise das obras de Antonio Gramsci feita pelo grego Poulantzas (1977) onde o estado ganhou outra configuração, que permitiu enxergar a sociedade política como um espaço de grandes batalhas (SILVA, 1995). Segundo Poulantzas (1977), assegura Damasceno, o estado é tão conflitante quanto a sociedade, de modo que a conseqüência das suas políticas não é, mecanicamente, produto específico do