Graduação completa
I. I – O papel do Estado
A partir da década de 1960, o setor agrário brasileiro começou a alcançar posição de destaque dentro da economia nacional. Em conseqüência disto, o Estado brasileiro passou a fomentar políticas para o setor, no intuito de aumentar a produção de alimentos no país, bem como gerar excedentes para exportação. Para tanto, iniciou-se neste período um rápido processo de modernização agrícola, cujas principais características eram: a intervenção do Estado; o progresso técnico; o desenvolvimento econômico. Neste capítulo será discutido – mesmo que de forma sucinta – o papel destas características na questão da modernização agrícola em Goiás.
Para análise do tema proposto, compartilharemos da perspectiva do materialismo histórico, o que mais concorreu para o estudo aqui delineado. De acordo com esta concepção:
[...] os fatores materiais de existência dos homens determinam, em última instância, os demais níveis da vida social, todavia, não apenas aqueles relativos à sua sobrevivência imediata, mas também aqueles que representam a sobrevivência da espécie. (Maciel, 1991, p.54).
Em função disso, acreditamos que a modernização agrícola em Goiás aconteceu – e ainda acontece – a partir das exigências do modo de produção capitalista. Assim, entender a noção de modo de produção é de fundamental importância, pois este constitui foco principal da perspectiva materialista da história. Sendo assim, o modo de produção:
[...] igual que qualquer outro modelo de produção pressupõe como condição histórica uma determinada fase das forças produtivas sociais e de suas formas de desenvolvimento, condição que é, por sua vez, resultado e produto histórico de um processo anterior e do qual parte o novo modelo de produção [...] (K. Marx apud Maciel, 1991, pp.54-55).
Trabalhados alguns conceitos básicos, busca-se agora compreender nosso objeto de pesquisa a partir do estudo da